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Sonho de trabalhar para empresas mundiais do ramo da tecnologia

Jovem de 17 anos residente na cidade de Pinhel

Um jovem de 17 anos, residente na cidade de Pinhel, destaca-se na robótica e no desenvolvimento de aplicações para dispositivos móveis e alimenta o sonho de, um dia, trabalhar para empresas mundiais do ramo da tecnologia.
Jorge Matias completou no ano lectivo de 2013/2014 o 11.º ano de escolaridade, mas já tem um vasto currículo na área da robótica e das novas tecnologias. No ano passado foi campeão nacional de robótica (integrado na equipa ADoT – Associação Desenvolver o Talento (da Guarda)/Município de Pinhel) e ficou em 5.º lugar no Campeonato Mundial de Robótica – Robocup, realizado na cidade holandesa de  Eindhoven. O rapaz já foi convidado para integrar a equipa de Aveiro de futebol de robótica e para prosseguir os estudos na Universidade de Oxford, no Reino Unido, mas rejeitou ambos os convites, por razões familiares. Actualmente está a colaborar com a multinacional Apple, no desenvolvimento de aplicações informáticas. Também programa e constrói robôs para provas nacionais e internacionais onde participa individualmente. O jovem também se orgulha de ter automatizado a casa e de ter participado no Encontro Nacional de Estudantes de Informática – ENEI 2014, na Universidade de Aveiro, onde falou de dispositivos autónomos.
O gosto de Jorge Matias pela informática e pela robótica começou aos 9 anos, quando os pais lhe ofereceram, como prenda de aniversário, um kit da Lego “que dava precisamente para programar e dar actividade” às peças. “Estive um ou dois anos a desenvolver por mim mesmo o kit da Lego, depois tive conhecimento da ADoT, da Guarda, entrei para lá e estive lá durante dois anos e consegui adquirir grande parte dos meus conhecimentos”, disse.
Jorge Matias dedica “a maior parte” dos tempos livres à robótica e chega mesmo “a substituir algum tempo de estudo” por aquela actividade. No próximo ano lectivo vai frequentar o 12.º ano, para posteriormente, no ensino superior, tirar o curso de Engenharia Electrotécnica ou Engenharia Informática. Quanto ao futuro profissional, disse ao Jornal A Guarda que gostaria de criar a própria empresa ou então de se juntar a grandes empresas de tecnologia como Microsoft, Apple ou Google.
O jovem contou que devido ao que faz, os amigos acham-no “meio maluco” e alguns pedem-lhe para “fazer um robô que faça tudo lá em casa”. “Se calhar um dos meus objectivos é fazer um robô parecido com o ser humano que faça uma grande parte das tarefas”, admite, orgulhando-se de, com recurso a um dispositivo com Internet, ter tido o frigorífico lá de casa a indicar “o que tinha lá dentro e o que estava a sair” e de ter o quarto “automatizado”. No percurso traçado até ao momento, o jovem sobredotado reconhece o apoio que tem tido dos pais, que “sempre se esforçaram” para lhe disponibilizarem todo o material necessário. A mãe, Lurdes Correia, orgulha-se das capacidades do filho e confirmou que ele “contou sempre” com o apoio dos progenitores. Também referiu que o jovem tem tido o apoio da Câmara Municipal de Pinhel e do Agrupamento de Escolas, entre outras entidades locais.

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