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Queremos conquistar o maior número de Câmaras e eleger o maior número de Vereadores, de Presidentes de Junta e Membros de Assembleias Municipais”

Entrevista: Carlos Condesso, Presidente da Comissão Política Distrital do PSD da Guarda

A GUARDA: De que maneira é que o novo Presidente da Comissão Política Distrital do PSD da Guarda pretende servir o PSD e o Distrito da Guarda?Carlos Condesso: Pretendo servir o PSD e o distrito da Guarda sempre com muito empenho e determinação e com a responsabilidade que me é exigida. Também, com muita proximidade com todas as estruturas do partido e com os nossos militantes, por forma a reforçarmos a articulação das políticas a implementar, realizando reuniões periódicas, nomeadamente com a JSD, os TSD e com os nossos autarcas – sejam Presidentes ou Vereadores das Câmaras Municipais, Membros das Juntas de Freguesia ou deputados das Assembleias Municipais –, pois são eles a verdadeira força do PSD. Tenho uma forte relação com a maioria dos militantes do distrito e uma grande proximidade com as 14 secções, pelo que o diálogo com todos é para mim uma prioridade.Darei o meu melhor pelo PSD e pelos cidadãos do distrito que me viu nascer.
A GUARDA: Uma lista de consenso reflecte a união dos militantes ou foi uma situação ocasional?Carlos Condesso: Nada é ao acaso. Quando decidi que me ia candidatar, ouvi muitos militantes e desde o início que estava determinado em criar uma lista de consenso alargado, porque o PSD Distrital precisava de dar as mãos, de convergir e unir esforços para dar um bom exemplo à sociedade civil e, com isso, darmos um contributo para credibilizar a política e os políticos.Sendo uma lista de consenso alargado, não quer dizer que agrade a todos (isso é impossível!). Mas, tivemos esse arrojo de passar das palavras aos actos. No fundo, unimos esforços e mobilizámos o partido em torno de um objectivo comum: servir o PSD, mas, acima de tudo, servir e trabalhar em conjunto para os cidadãos do distrito da Guarda. Esta é uma situação inédita ao nível do PSD Distrital e só foi possível porque o diálogo com todos foi uma prioridade e assim nasceu a nossa candidatura – abrangente, construtiva e mobilizadora –, que reflecte a convergência no sentido de fortalecer o partido. O PSD unido é praticamente imbatível. Que o nosso projecto sirva de bom exemplo para outros. 
A GUARDA: Como é que a nova Comissão Política Distrital do PSD da Guarda vai mobilizar os militantes para “vencer os desafios do futuro”?Carlos Condesso: Nós queremos contar com todos, mesmo com aqueles que têm andado afastados, com o objectivo de unirmos esforços para vencermos esses tais desafios de futuro. É importante estarmos próximos das bases, ouvir os militantes e com eles desenvolvermos estratégias que visem criar dinâmicas e implementar políticas que vão ao encontro das reais necessidades dos cidadãos do nosso distrito. Só valorizando os militantes e as estruturas do partido se podem alcançar resultados satisfatórios e assim, em união de esforços, vencer os ditos desafios do futuro. 
A GUARDA: As próximas eleições autárquicas são uma prioridade em todos os concelhos do distrito?
Carlos Condesso: Claro! Não podia ser de outra maneira. Nós temos esse foco. Queremos conquistar o maior número de Câmaras e eleger o maior número de Vereadores, de Presidentes de Junta e Membros de Assembleias Municipais. Todos os 14 concelhos do distrito merecem o nosso respeito e todos são muito importantes para nós. Trabalharemos com seriedade e sentido de responsabilidade em todos os concelhos, em articulação com todas as concelhias, com especial foco na Guarda, que é a nossa capital de distrito. 
A GUARDA: Prometeu garantir uma selecção de candidatos autárquicos fortes, bem preparados e determinados em vencer. Qual a estratégia para conseguir este objectivo?
Carlos Condesso: Isso vai acontecer com toda a certeza. Vamos trabalhar para isso e desenvolver todos os esforços para termos os melhores candidatos e os mais bem preparados. O PSD tem um leque grande de militantes com qualidades reconhecidas, bem preparados e tem excelentes autarcas em funções que podem ser reconduzidos. Vamos estar em sintonia com aquilo que são as directrizes emanadas pela direcção nacional do partido. Porém, estou absolutamente convicto de que o trabalho no terreno desta Distrital, feito em articulação com as concelhias, trará os melhores para a nossa causa. A promoção do diálogo e do consenso, a responsabilidade e o trabalho junto dos cidadãos será a nossa estratégia, certamente.
A GUARDA: Como é que o Presidente da Comissão Política Distrital do PSD vai lidar com a Câmara da Guarda?
Carlos Condesso: Como sabe, conheço bem a Câmara da Guarda, trabalho lá há quase 7 anos. Está lá muito do meu “suor”, o que é para mim e para a minha equipa uma enorme vantagem. No fundo, vou lidar com a Câmara da Guarda com uma responsabilidade acrescida de quem agora preside à Distrital do PSD, mas sempre com o foco e com o objectivo de que a Câmara da Guarda continue a ser bem gerida e a ter o PSD na liderança, obviamente. Seria um pesadelo terrível para os Guardenses voltarmos à gestão ruinosa do PS. Isso não vai acontecer, até porque os cidadãos do concelho da Guarda já sofreram na pele o retrocesso e o abandono a que a Guarda esteve votada durante largos anos de governação socialista. O PSD continuará no futuro o trabalho para recuperar muito desse tempo perdido. 
A GUARDA: E com a Comissão Política Concelhia do Partido Social Democrata da Guarda?
Carlos Condesso: Da melhor forma e com o mesmo objectivo, procurando que o PSD continue na governação da Câmara Municipal da Guarda, pelo que o diálogo e a articulação com a Comissão Política Concelhia é entendido como extremamente importante.
A GUARDA: Como olha para o futuro da Guarda e do distrito?Carlos Condesso: Com alguma inquietação. Em primeiro lugar, a questão da coesão territorial preocupa-me sobremaneira. Mais ainda, porque tenho sentido uma ausência de sensibilidade para este assunto por parte dos líderes políticos do nosso país, no sentido de também eles passarem das palavras aos actos.Depois, e sobre o que mais me tenho insurgido nos últimos tempos e que se prende concretamente com a governação socialista, temo que o distrito da Guarda terá o futuro penhorado se se mantiver o estado actual de um país a duas velocidades, de um distrito em que o sector da saúde está enfermo, em profunda agonia; em que as promessas do governo socialista já não podem continuar a iludir mais os guardenses; e um distrito que tem visto definhar as suas esperanças num projecto que assente em políticas públicas que sejam efectivos motores de apoio ao tecido empresarial, às respostas sociais existentes e ao turismo do interior, atraindo investimento e pessoas, criando emprego, dando oportunidades aos mais jovens e promovendo o potencial da região.E basta de faltarem à verdade aos guardenses! Resolvam, de uma vez por todas, os problemas do Hospital da Guarda, no que diz respeito ao espaço físico, aos recursos humanos e à garantia de assistência e de acesso aos cuidados de saúde em tempo útil e de forma atenta; a instalação dos serviços públicos que tem servido de bandeira dos socialistas e que até agora não se viu nada; o Hotel Turismo que continua à espera de ser obra feita; o modelo de redução das portagens tantas vezes prometido; e que não passem para a prática as intenções de encerrarem serviços públicos de proximidade e de assistência… O nosso distrito tem de ser mais respeitado!Quanto à Guarda, que prossiga o caminho que tem vindo a percorrer nestes últimos anos e essa viragem a que se tem assistido, depois de quatro décadas entregue aos socialistas. Em pouco tempo, equilibraram-se as contas, fez-se obra e devolveu-se a justa e merecida auto-estima à cidade.

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