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Ilustradora da Guarda faz sucesso em Paris

Sara Teixeira fez a ilustração “J’aime Paris”

A ilustração “J’aime Paris” que “nasceu no impulso de uma resposta aos terríveis atentados de Paris e Sant Denis”, em Novembro 2015, é apontada por Sara Rute Pires Teixeira como aquela que mais gostou de desenhar. 

“Tive necessidade de transformar o horror em algo belo, em algo que celebrasse o estilo de vida francês, num desenho que falasse de amor, amizade, música e alegria. Foi uma imagem muito partilhada nos meios sociais, e que a muitos tocou pela solidariedade que comporta”, explicou esta egitaniense, a residir em Paris, ao Jornal A GUARDA.
Sara Teixeira é natural da Guarda onde estudou até ao ensino secundário. Depois ingressou no curso de Arquitectura na Universidade do Porto e também estudou na Universidade de Coimbra.
Trabalhou na área de Arquitectura em Lisboa e na Guarda. Ainda continua a fazer projectos de arquitectura, por conta própria, em paralelo à ilustração.
O fascínio pelo desenho apareceu muito cedo. “Na infância, a minha actividade preferida era criar, desenhar e pintar”, disse ao Jornal A GUARDA. E acrescentou: “Tanto os professores como a família me incentivaram sempre a desenvolver esta minha paixão, pelo que segui sempre uma vertente artística na minha formação. Gosto de todas as formas de Arte, mas sou apaixonada pela cor, pelas formas, e sobretudo pela transmissão de ideias através da ilustração”.
Não se considera pintora, mas sim ilustradora, e usa, como técnica de criação gráfica, o desenho digital. “Não me sei definir… Sei sim que tenho sempre vontade de comunicar através de um desenho que guarde sempre uma nota de bom humor”, referiu.
De entre todas as ilustrações que fez destaca a ilustração J’aime Paris, criada depois dos terríveis atentados de Paris e Sant Denis, em Novembro passado, acontecimentos que vivenciou de perto.
De 10 a 30 de Julho, a exposição PRINTEMPS, esteve no Consulado Geral de Portugal em Paris. Sara Teixeira explicou assim a exposição: “Esta compilação englobava as minhas obras mais significativas e dava também a conhecer uma selecção de trabalhos recentes e inéditos. Com um imaginário que remetia sobretudo para uma temática dividida entre Paris e Lisboa, esta colecção fazia uma saudação à chegada da Primavera, pela vivacidade, pelo colorido e pela leveza que comportava. Manifestava e estimulava sensações agradáveis, tendo por grande ambição, fazer sorrir. A exposição contava ainda com uma mostra de artigos, onde eu aplico as minhas ilustrações e onde gosto de ver a minha obra veiculada”.
E acrescentou: “Apesar de já ter visto as minhas ilustrações reconhecidas e diversas vezes premiadas, este foi um acontecimento marcante na minha vida. Eu e o meu trabalho fomos muito acarinhados por todos, aqui em Paris. Vendi bastantes obras e criaram-se várias oportunidades”.
Questionada sobre como vê a Guarda em termos culturais, referiu: “Apesar de ainda não ter tido oportunidade de ver pessoalmente as marcas deixadas por este último evento de Arte Contemporânea, organizado pelo museu da Guarda e pela Câmara Municipal, foi com grande alegria e orgulho que o acompanhei. Parece-me que enriqueceu muito o panorama cultural da cidade e espero que seja algo a repetir, um hábito a criar. Anseio que seja mais um modo que permita mostrar que a nossa cidade tem iniciativas interessantes, e mais uma oportunidade que permita reconhecer, revelar e divulgar os artistas, o seu trabalho, e como ele pode valorizar a imagem urbana de uma cidade”. E concluiu: “Se assim for, espero também poder vir a participar em breve!”.

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