A «Frutaria Tó Zé Borgas», que está instalada, desde o início de Fevereiro, no n.º 73 da Rua Batalha Reis, na cidade a Guarda,
dá preferência à venda de produtos da região. O estabelecimento, que ocupa o espaço de uma antiga barbearia, abriu as portas por iniciativa da empresária Cátia Farias, que esteve dois anos no «Café/Frutaria Cataplana», também na Rua Batalha Reis. Em Janeiro deste ano, a empresária fechou o café, por motivos pessoais, e apostou na vertente da frutaria, por concluir que é o ramo que lhe dá mais lucro. Cátia Farias contou ao Jornal A Guarda que decidiu fixar-se no novo local “porque passa mais gente, por a renda ser mais barata e por ser mais visível” do que na anterior localização.
A frutaria já tem clientes fiéis, que transitaram da anterior localização, e começa a ser procurada por novas pessoas. O estabelecimento dá primazia à venda de produtos da região, uma vez que a proprietária tem produção própria de fruta (sobretudo de cereja, pêssego, maça e pêra) e de hortaliças, sendo que a frutaria é uma forma de escolar a fruta que produz ao longo do ano no Vale do Mondego, no concelho da Guarda.
Nesta altura do ano, a loja tem hortaliças da região (espigo de couve e grelo de nabo), caldo verde, que corta na hora, e merujes, provenientes do Vale do Mondego que “têm tido grande procura”. Também costuma ter agriões e espinafres e vende azeitonas em conserva produzidas do Vale do Mondego e de uma empresária de Freixo de Espada-à-Cinta que tem ligações à Guarda. As alfaces são do Algarve, mas quando houver na região, a comerciante opta por vender aquelas que são produzidas localmente. A frutaria da Rua Batalha Reis dá “preferência total à comercialização de produtos da zona, à medida que vão aparecendo”, garante a proprietária, indicando que as batatas, as cebolas e os alhos também são comprados aos produtores da zona. Até a laranja do Algarve que vende é comprada a um revendedor da Guarda que vai todas as semanas buscá-las junto dos produtores algarvios. Referiu ainda que as maçãs que comercializam actualmente são da zona de Moimenta da Beira, porque nesta altura já não há produção local, mas na época própria vende maças da região (nomeadamente da zona da Vela, de Belmonte e do Vale do Mondego). O marido de Cátia Farias também está ligado, há 22 anos, à agricultura e ao comércio de frutas. Já vendeu no Mercado Municipal da Guarda, no Mercado Abastecedor de Coimbra e já teve duas frutarias na cidade, situação que é considerada “uma mais-valia” para o negócio da «Frutaria Tó Zé Borgas».
O estabelecimento também vende pão da Padaria e Pastelaria J. Torres Limitada, do Bairro de São Domingos, na cidade da Guarda, e alguns artigos de charcutaria (chouriça, queijo e requeijão e fiambre).
O negócio da fruta também conhece os efeitos da crise económica que afecta o país, mas a clientela vai sempre comprando. “As pessoas cortam um bocadinho nas compras e regateiam mais os preços dos produtos que levam, mas compram sempre, até pelo facto de saberem que os nossos produtos são frescos e da região”, foi referido ao Jornal A Guarda. Alguns clientes da loja até dizem que “não compram fruta que não seja da região”, daí a preferência por aquele comércio da Rua Batalha Reis.
A «Frutaria Tó Zé Borgas» funciona de segunda-feira a sexta-feira das 9.00 às 12.30 e das 14.30 às 20.00 horas. Ao sábado está aberta das 9.00 às 13.00 horas. Encerra ao domingo.