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Estudo revela percentagem de perdas de produção do Castanheiro entre 2006 e 2014

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

“O castanheiro, espécie da qual dependem economicamente muitas famílias da Terra Fria Transmontana e das terras altas da Beira Interior, é uma árvore assolada por doenças difíceis de controlar, sobretudo a tinta ou o cancro, que causam prejuízos avultados aos produtores”, afirma Luis Martins, docente e investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
Para conhecer as “perdas devido a essas doenças” o investigador realizou o estudo “Monitorização da condição fitossanitária do castanheiro por fotografia aérea obtida com aeronave não tripulada”, em colaboração com os investigadores João Paulo Castro do Instituto Politécnico de Bragança, Ricardo Bento e Joaquim Sousa, também da UTAD.
O estudo permitiu perceber que no “período de 2006 a 2014, as perdas de produção atingiram quase 50% dos povoamentos, devido à mortalidade e ao declínio provocado pelas doenças” sublinha o investigador.
As imagens captadas pelo Drone permitiram ainda “conhecer os focos mais afectados”, mas revelou também que, nesse período, houve “acréscimo da área de castanheiro por novas plantações, tanto em Valpaços (20%) como em Vinhais (29%), revelando o grande interesse dos produtores pela cultura”, complementa.
A Investigação recebeu o prémio do grupo Portucel Soporcel para o melhor estudo de 2014 na área da Protecção Contra Pragas, Doenças e Infestantes na Floresta. O prémio foi atribuído durante o 1º Simpósio da Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal e 7º Congresso da Sociedade Portuguesa de Fitopatologia, sob o tema “Novos desafios na protecção das plantas” que decorreu em Oeiras, no final de Novembro.

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