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Comércio Tradicional – Jovem da Guarda abriu loja de artesanato que vende peças únicas

Joana Serrão, de 19 anos, abriu na cidade da Guarda, na Rua Francisco de Passos, n.º1, na Praça Velha, uma loja de artesanato designada «As Mãos das JO’ANAS».

O estabelecimento começou a funcionar no dia 6 de Junho e vende as peças que são elaboradas a três mãos, ou seja, que são feitas pela jovem empresária (Joana Serrão), pela sua mãe, Ana Teixeira e por Ana Sabas (professora desempregada).
A jovem contou ao Jornal A Guarda que decidiu criar o próprio emprego após concluir o 12.º ano e ter optado por não prosseguir os estudos. “Decidi apostar na loja porque, nas feiras de artesanato, em contacto com as pessoas, elas perguntavam se tínhamos loja e onde é que podiam encontrar os nossos artigos. Como os artigos tinham uma boa receptividade, porque já participava em feiras há já dois anos, decidi abrir a loja”. Entretanto, Joana e a mãe conheceram a artesã Ana Sabas na 1.ª Feira Livre de Artesanato, realizada em 21 de Setembro de 2013, na Rua do Comércio, na cidade da Guarda. “A partir daí ficámos amigas e continuámos a encontrar-nos nas feiras de artesanato e fizemos uma parceria para a FIT – Feira Ibérica de Turismo (realizada na Guarda entre 1 e 4 de Maio deste ano). A partir da FIT, do impacto que tivemos, apercebemo-nos que a junção dos nossos artigos e materiais era perfeita. Desde essa altura passámos a trabalhar juntas na elaboração das peças”, contou.
Joana Serrão referiu que abriu a loja, mas vai continuar a fazer feiras de artesanato, contando com o apoio da mãe e da amiga Ana Sabas que lhe dão “todo o apoio” necessário, incluindo na feitura dos artigos.
A loja «As Mãos das JO’ANAS» vende peças que são feitas pelas três artesãs em materiais como cortiça portuguesa, burel, linho, cabedal e tecidos diversos. “As peças são todas criadas por nós: almofadas em cortiça, malas em cortiça, candeeiros forrados a cabedal, bijuteria em cortiça, artigos para bebés, lembranças de casamento, entre outros artigos”, contou a jovem empresária. O estabelecimento tem uma montra residente que é alusiva à Guarda, com artigos criados para representar a cidade na FIT, nomeadamente almofadas em linho com a Sé da Guarda em cortiça e bordadas com os versos de D. Sancho dedicados à Ribeirinha. Nessa mesma montra também é exibido o galo de Barcelos “que representa a nossa cultura”.
A abertura da loja em tempo de crise foi “um risco”, assume Joana Serrão, acrescentando que já diz o ditado popular que “quem não arrisca não petisca”. “É um risco que, por enquanto, está a saber muito bem. A receptividade das pessoas tem sido óptima. Elas dizem que a loja tem um conceito muito interessante. Estamos aqui a trabalhar ao vivo, temos uma mesa de artesanato ao vivo e ao longo do dia estamos permanentemente a trabalhar e elas acham muito interessante verem pessoas jovens ligadas ao artesanato. As pessoas ficam muito admiradas com a loja e com aquilo que aqui encontram”.
Joana Serrão referiu que aceita encomendas e os clientes podem escolher o material para as peças. Os produtos que têm tido maior procura são os de cortiça: capas para livros e para telemóveis, bolsas de vários tamanhos e também bijuteria.
Como o estabelecimento se localiza na zona central da Guarda, já atrai a atenção dos turistas que por ali passam: “No primeiro dia em que tivemos música ao vivo (uma vez por semana promove música ao vivo com alunos do Conservatório de Música da Guarda) tivemos uma enchente. Os turistas até se sentaram no chão e tiraram fotografias. Temos tido turistas espanhóis e franceses. Ao contrário do que as pessoas pensam, há muitos turistas na Guarda”.
«As Mãos das JO’ANAS» funciona todos os dias da semana, incluindo aos sábados, domingos e feridos, entre as 9.30 e as 21.00 horas.
Em relação ao futuro, a jovem empresária pretende apostar na cultura, por assumir que lidera “um projecto inclusivo de cultura”. “Apelamos à colaboração de pintores ou de fotógrafos que queiram expor na loja. Nós temos as portas abertas à cultura da Guarda”, disse. “Também estou a pensar realizar, se possível, agora no Verão, um ciclo de cinema ao ar livre, na Praça Velha, porque gostava de dinamizar esta zona”, concluiu.

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