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“A nossa associação foi criada por um grupo de amigos e residentes da aldeia com o intuito de dar movimento a Vila Garcia”

Entrevista: Maria Pissarra Ribeiro – Associação Cultural e Recreativa Vila Garcia em Movimento

Maria Pissarra Ribeiro, presidente da Associação Cultural e Recreativa Vila Garcia em Movimento, é natural da Guarda. Estudou na Escola Adães Bermudes (1º-4º Ano), Escola Santa Clara (5º-6º Ano) Escola Afonso Albuquerque (7º-12º Ano), Instituto Superior Técnico (Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica). Nos tempos livres gosta de ler, viajar, praticar exercício físico e cuidar das finanças pessoais.
Entrevista: Maria Pissarra Ribeiro – Associação Cultural e Recreativa Vila Garcia em Movimento
“A nossa associação foi criada por um grupo de amigos e residentes da aldeia com
o intuito de dar movimento a Vila Garcia”
A GUARDA: Com que finalidade foi criada a Associação Cultural e Recreativa Vila Garcia em Movimento?

Maria Ribeiro: A nossa associação foi criada por um grupo de amigos e residentes da aldeia com o intuito de dar movimento a Vila Garcia, tal como refere o nome. Para isso, propusemo-nos criar actividades promotoras da união e convívio entre todos os habitantes, da manutenção do cunho cultural que caracteriza as localidades do interior do país e alertar para as questões ambientais. Além disso, pretendemos criar gosto nos mais novos pela vida associativa, de forma a ganharem vínculos com a aldeia, com os seus habitantes e com o seu património.

A GUARDA: Quantos sócios tem e o que é necessário para fazer parte da Associação?

Maria Ribeiro: A associação é actualmente composta por 120 sócios. Para ser sócio da nossa associação basta querer pertencer à associação e preencher um formulário de inscrição. Depois deste primeiro passo, cada sócio tem de pagar anualmente uma quota no valor de 12 euros.

A GUARDA: Quais as principais actividades que a Associação promove ao longo do ano?
Maria Ribeiro: São várias as actividades promovidas pela associação ao longo do ano. Cronologicamente, iniciámos com as Janeiras, seguidas do Carnaval, festejámos o S. João, pelo início do ano lectivo fazemos a Caminhada ou Peddy Paper, depois o Magusto, finalizámos com o projecto Vila Garcia Natal. Além destas actividades do nosso PAA, temos o grupo “Vila Garcia a Baldar” que participa, quando solicitado, em actividades diversas.

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A GUARDA: O projecto ‘Vila Garcia Natal’ foi uma das apostas da Associação. É para continuar?

Maria Ribeiro: O projecto “Vila Garcia Natal” é um projecto que gostamos muito e consiste na decoração dos espaços mais relevantes da aldeia com motivos natalícios. Como algumas das nossas preocupações são as questões ambientais e a sustentabilidade, apenas utilizámos materiais recicláveis, reutilizáveis e amigos do ambiente, reduzindo assim a pegada ecológica. Embora seja uma actividade que requer muita dedicação e tempo, pretendemos mantê-la, pois, durante a época natalícia, dá um encanto diferente à nossa aldeia e o feedback dos habitantes e visitantes é muito bom.

A GUARDA: O projecto ‘Vila Garcia A Baldar’ é outro dos projectos de sucesso da Associação. De que se trata e como é que envolve tanta gente jovem?

Maria Ribeiro: Este projecto nasceu de uma ideia dinamizada pelo professor Hélder Caninhas, oriundo do Tortosendo, nas escolas do 1º Ciclo dos Agrupamentos de Escolas A Lã e a Neve e Pêro da Covilhã, nos anos lectivos 2017/2018 e 2018/2019. Com a autorização do professor Hélder, passámos a desenvolvê-la também na nossa colectividade. É um projecto musical de percussão em que apenas são utilizados baldes plásticos, de preferência velhos ou inutilizados, e baquetas feitas de paus de vassoura em fim de vida. Mais uma vez as questões da sustentabilidade ficam salvaguardadas e conseguimos proporcionar a todos: crianças, jovens e adultos momentos divertidos e ao mesmo tempo, conseguimos desenvolver diversas capacidades/competências como: motricidade, coordenação geral, lateralidade, responsabilidade, gosto musical, sentido estético…

A GUARDA: O projecto “Vila Garcia – Uma Aldeia em Movimento”, venceu o Orçamento Participativo de 2021. O que levou a Associação a avançar com este projecto?
Maria Ribeiro: Vila Garcia é uma aldeia jovem, com um índice de natalidade bastante acima da média do concelho da Guarda. O projecto teve em consideração a disponibilização de equipamentos a várias faixas etárias, trata-se, portanto, de um projecto intergeracional, uma vez que para além de um espaço infantil, prevê um campo de petanca, um espaço fitness e de convívio. É importante referir, que o objectivo do mesmo foi criar um espaço de confraternização, a disponibilizar aos habitantes da aldeia de Vila Garcia, bem como a quem a visita, para que seja uma verdadeira aldeia em Movimento.

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A GUARDA: Apesar de ter sido apresentado publicamente ainda não há obra visível do projecto “Vila Garcia – Uma Aldeia em Movimento”. Há alguma previsão para o início dos trabalhos?

Maria Ribeiro: Efectivamente o projecto já foi apresentado, no entanto, careceu de vários ajustes no que concerne à necessidade de obter estudos das várias especialidades. O aumento do valor das matérias-primas e dos equipamentos também deu origem a vários condicionalismos, mas o mesmo irá avançar com a maior brevidade possível.

A GUARDA: A Associação deu início a caminhadas regulares, no último sábado. Como funciona esta actividade?

Maria Ribeiro: Iniciámos esta actividade recentemente e surgiu da vontade que se tem vindo a notar dos habitantes da nossa aldeia em fazer caminhadas, assim, uma vez que as fazemos, porque não fazer em comunidade aproveitando esses momentos para conviver enquanto se pratica exercício físico. Respondendo à pergunta, a actividade funciona de uma forma muito simples, todos os sábados. Os interessados reúnem-se com o grupo, às 17.00 h horas, junto à sede da nossa associação. A essa hora partimos todos à descoberta dos caminhos da nossa freguesia. Por outro lado, como sempre foi uma preocupação nossa a preservação do meio ambiente, estas caminhadas também servem para continuarmos a acompanhar de perto a situação da poluição do rio Noéme. Sempre estivemos alerta e sempre denunciámos junto das entidades responsáveis quaisquer focos de poluição do rio, desta forma reforçamos a atenção nessa questão e noutras que se venham a verificar.

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