Valente no nome e na idade

Morreu um dos homens mais velhos do concelho da Guarda

Joaquim Valente, um dos homens mais velhos do concelho da Guarda, morreu esta semana com 110 anos de idade. Natural de Quinta de Gonçalo Martins, freguesia do Marmeleiro, nunca aprendeu a ler nem a escrever, foi comerciante de sementes com a compra e venda de batatas, centeio e milho e como sempre gostou de trabalhar e não podia estar sem fazer nada, guardou cabras até aos 103 anos. O Jornal A GUARDA entrevistou o senhor Joaquim Valente, em 2018, quando ainda saía de casa para fazer umas caminhadas pela aldeia.Na altura o Jornal A GUARDA escreveu: “Os quase 108 anos de idade, não impedem Joaquim Valente de partilhar memórias com quem o procura para uns momentos de conversa. Recorda a meninice, na aldeia de Quinta de Gonçalo Martins, no concelho da Guarda, sem tempo para ir à escola. Passava o tempo a trabalhar na terra para ajudar a sustentar a casa, por isso nunca aprendeu a ler nem escrever. “O meu pai morreu quando eramos pequenos e, por isso, comecei a guardar as ovelhas desde muito cedo e os livros ficaram para trás”, explicou ao jornal A GUARDA.Mais tarde tornou-se comerciante de sementes com a compra e venda de batatas, centeio e milho e garante que nas contas ninguém o enganava.Cumpriu serviço militar na Guarda, durante alguns meses, onde fez boas amizades. Depois do casamento adquiriu mais terrenos e começou a negociar a compra e venda de sementes. Com o passar do tempo começou a viver melhor e até “emprestava dinheiro a toda a gente”. Foi mordomo da capela de S. Miguel e ajudou alguns dos padres que passaram pela aldeia, principalmente o padre Francisco Pires e padre José Oliveira. “Sou devoto de S. Miguel”, disse Joaquim Valente. E acrescentou com ar de satisfação: “Fui empregado dele sem nunca ganhar dinheiro”.Joaquim Valente nasceu no dia 30 de Janeiro de 1911. Morreu esta terça-feira, 11 de Maio, a caminho dos 111 anos.

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