Aldeia da Serra, Aguincho, Cabeça de Eiras, Furtado, Frádigas, Muro, Ribeira, Sazes da Beira, Teixeira de Baixo, Teixeira de Cima e Vales, são as aldeias do concelho de Seia que vão beneficiar da medida do Fundo Ambiental “Condomínio de Aldeia — Programa de Apoio às Aldeias Localizadas em Territórios de Floresta”.
A candidatura, apresentada pelo Município de Seia, vai reconverter 123,90 hectares de terrenos exclusivamente florestais em redor destas 11 aldeias do concelho.
Com um investimento superior a 448 mil euros, o projeto pretende recuperar territórios agrícolas e agroflorestais abandonados, promovendo a transformação de áreas florestais em terras agrícolas ou agroflorestais (silvopastorícia). O objetivo é garantir a segurança de pessoas, animais e bens, fornecer serviços ecossistêmicos, e fomentar a economia local e a biodiversidade.
O projeto tem como objetivo a substituição de espécies exóticas invasoras, como a mimosa, e a remoção de povoamentos de pinheiro bravo e eucaliptos, substituindo-os por culturas permanentes como medronheiro, castanheiro e oliveira. Essa reconversão contribuirá para a descontinuidade florestal e a prevenção de incêndios severos.
Além disso, o programa valorizará a agricultura familiar, melhorando as condições de vida e trabalho dos pequenos agricultores e promovendo práticas agrícolas mais eficientes. Isso ajudará a combater o despovoamento e o envelhecimento da população nas aldeias do sul do concelho.
A intervenção incluirá a criação de um ecoponto florestal ou de compostagem na Zona Industrial da Vila Chã. Esse ecoponto será um método alternativo à queima de sobrantes agrícolas e florestais, apoiando a recolha e processamento desses materiais. A iniciativa visa a sustentabilidade ambiental através da criação de locais de destino temporário para os sobrantes e do apoio aos processos de abastecimento e logística para compostagem e subsequente valorização.
Os projetos Condomínios de Aldeia já se encontram implementados em seis aldeias do concelho (Balocas, Cide, Corgas, Outeiro da Vinha, Póvoa Velha e Vasco Esteves de Baixo), sendo considerados fundamentais para a defesa da floresta contra incêndios e para a promoção de uma gestão territorial mais eficiente e sustentável, assegurando comunidades mais resilientes e adaptadas.