Política – PSD
Apontado como cabeça de lista pelo PSD, pelo círculo eleitoral da Guarda, às próximas eleições legislativas, Rui Ventura decidiu não ser candidato “para não criar qualquer tipo de entrave, algum ruído”, na campanha eleitoral. Esta decisão surgiu logo depois das notícias vindas a público, na segunda semana de Janeiro, em que, como Presidente da Câmara de Pinhel, era acusado, pelo Ministério Público da Guarda, de 31 crimes de peculato.
Numa altura em que está a decorrer o processo de instrução, Rui Ventura disse que está “muito tranquilo em relação a isso”. Sobre o processo em causa adiantou que “há coisas lá que nada têm a ver” com ele. Diz mesmo que “foi um engano” pois o Ministério Público fez copy paste pondo em causa a “credibilidade do processo”.
“A opção de sair, de não ser candidato, foi minha” adiantou Rui Ventura, no dia 24 de Janeiro, à margem da sessão de apresentação do Programa da Feira das Tradições, um evento que vai decorrer em Pinhel de 9 a 11 de Fevereiro.
“A decisão foi minha porque entendi que não é o momento para criar qualquer tipo de entrave àquele que eu considero que seja o próximo primeiro ministro de Portugal”. “Como eu acho que o País precisa de um bom primeiro ministro, entendi que não devia criar ruído”, vincou Rui Ventura. E acrescentou: “Foi esta a minha opção pessoal e o Presidente do partido, naturalmente, aceitou”.
Referiu que “na política não vale tudo”, ou seja “não vale passar por cima de tudo e de todos para se tentar atingir um objectivo”.
Apesar de estar dentro dos critérios do partido e de ter sido escolhido por unanimidade no distrito, para ser o cabeça de lista, considerou que “não era o momento” e, por isso decidiu sair da lista. Lembrou que trabalhou muito para que o presidente do partido “fosse candidato a primeiro ministro” e prometeu “apoio incondicional” para o tempo de campanha. Mostrou-se disponível para estar na “primeira linha” em “todas as batalhas para ganhar o distrito da Guarda”, ao lado de Dulcineia Moura, a cabeça de lista do PSD pelo círculo eleitoral da Guarda.
Sobre a candidata que agora vai à frente da lista, Rui Ventura diz que “estamos a falar de alguém que é coordenadora, há 20 anos, dos Territórios do Côa” que “tem uma experiência profissional e uma experiência académica que bate qualquer currículo”.