No concelho de Mêda estão a decorrer as candidaturas destinadas à obtenção de apoio financeiro para a produção pecuária. As candidaturas devem ser apresentadas, nos serviços do Município de Mêda – Gabinete Técnico Florestal, até ao dia 30 de Novembro de 2020. Para efeitos de candidatura, os criadores de gado bovino, ovino ou caprino, devem reunir, cumulativamente, os seguintes requisitos: Ser titular de uma exploração agro-pecuária e estar recenseado no concelho de Mêda há 12 ou mais meses; Apresentar documento comprovativo da existência de animais intervencionados sanitariamente no decurso do ano a que diz respeito; Terem sido anualmente cumpridas, nos seus efectivos animais, todas as obrigações legais, em termos sanitários, através dos serviços de uma Organização de Produtores Pecuários (OPP) que opere no concelho; Estarem inscritos nos Livros Genealógicos da Raça Ovina Churra Mondegueira ou da Raça Ovina Churra da Terra Quente; Possuir o REAP – Registo do Exercício da Actividade Pecuária actualizado, de acordo com a legislação em vigor à data do pedido, ou apresentar comprovativo válido que iniciou o processo de registo; Possuir a Declaração de Existências de Ovinos e Caprinos (DEOC) e o comprovativo do registo dos bovinos no Sistema Nacional de Informação e Registo Animal actualizados. O município de Mêda explica que “a actividade pecuária no concelho de Mêda, em particular as que são realizadas de forma extensiva através de pastoreio (ovinos, caprinos e bovinos), assenta fundamentalmente em explorações de pequena e média dimensão de natureza familiar de sustentabilidade financeira débil face aos elevados custos a ela associados”. E acrescenta: “Neste contexto, a concessão de um apoio financeiro aos produtores pecuários das referidas raças irá contribuir para manter uma actividade económica e social de grande importância no mundo rural”.As raças autóctones de Ovinos Churra da Terra Quente e Churra Mondegueira representam um património genético animal de relevância indiscutível, proporcionando produtos de qualidade diferenciada e de alto valor económico. A autarquia considera que estas raças “constituem verdadeiros ex-libris” do território e, por isso, “importa preservá-las e valorizá-las, razão pela qual se entendeu majorar os apoios a estas raças”.