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«Café Natália Alves» foi o primeiro da Freguesia

Longroiva

O «Café Natália Alves» foi o primeiro a abrir as portas na Freguesia de Longroiva, concelho de Mêda. O seu proprietário, Celestino Alves, de 75 anos, contou ao Jornal A GUARDA que o estabelecimento abriu em 1975. “Foi o primeiro da terra que já chegou a ter mais dois cafés e uma taberna, mas fecharam quase todos e, actualmente, apenas tem dois. Para além do meu só cá temos o «Sol a Sol» do senhor José Nabais”, contou o proprietário. Celestino Alves disse que os estabelecimentos fecharam “por não haver gente. As pessoas não se querem cá, porque aqui é tudo à base da agricultura (do vinho, da amêndoa, do azeite e das hortaliças) e fogem para outros lados. A terra não tem movimento nenhum. Eu ainda tenho o café aberto porque não pago renda e a minha mulher está habituada a estar aqui. Os dias mais ruins de movimento são os fins-de-semana, porque nos dias de semana ainda se vai fazendo alguma coisa”. Acrescentou que a terra tem mais gente nos meses de Verão, mas os emigrantes já não ficam na aldeia durante as férias: “Vão para a praia e passam aqui pouco tempo”. Celestino Alves referiu que a freguesia faz parte da região demarcada de produção do Vinho do Douro, por isso, a produção vinícola é praticamente o garante económico dos já poucos habitantes da freguesia de Longroiva. “Quem tiver benefício vive mais ou menos. O lucro da aldeia é quase o vinho, a amêndoa e também algum azeite”, disse.
O interior do «Café Natália Alves» tem nas paredes três grandes pinturas: uma do antigo balneário Termal, outra do castelo e da Igreja matriz e outra de uma fonte. O proprietário, também ali exibe uma moldura, que garante ser única, de quando o Sporting foi o vencedor da Taça das Taças em 1964. “Foi um embarcadiço que a fez. Já morreu e só fez este. É único e não há outro igual. Já me ofereceram 500 euros por ele”, relatou Celestino Alves.

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