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Jornadas Parlamentares do PCP na Serra da Estrela

Política

O ambiente foi o tema central das Jornadas Parlamentares do PCP que decorreram na Serra da Estrela, no início desta semana.
As jornadas começaram na Covilhã, na segunda-feira, 19 de Junho, com uma visita ao Museu de Lanifícios na Universidade da Beira Interior (UBI), a que se seguiu a sessão de abertura, que contou com intervenções do secretário-geral do partido, Paulo Raimundo.
Na terça-feira, 20 de Junho, deputados do PCP passaram pelos concelhos do Parque Natural da Serra da Estrela, tendo como foco as questões que se prendem com o ambiente o impacto dos incêndios.
A par da temática ambiental nas jornadas também foram abordados temas como a produção nacional, a proximidade dos serviços públicos ou as preocupações com a criação de emprego.
A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, disse que pediu uma audição do ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, sobre a revitalização do Parque Natural da Serra da Estrela, considerando que está “ao abandono” quase um ano após o incêndio que deflagrou na região.
Disse que há “anúncios e promessas” que foram feitos pelo Governo após os fogos, mas, no terreno, identifica-se que “não há o investimento que seria necessário” para proceder à recuperação do parque.
Paula Santos destacou em particular o facto de ser necessário maior investimento e reforço dos meios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, e lamentou que o Parque não tenha uma “direcção própria”.
Vladimiro Vale, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP, explicou que actualmente, o Parque Natural da Serra da Estrela “não tem uma equipa directiva de gestão do parque”, estando toda a gestão dos parques naturais da região centro “concentrada num serviço que funciona na Mata do Choupal, em Coimbra”.
Paula Santos anunciou que o partido vai requerer a audição, na comissão parlamentar de Ambiente e Energia, do ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, para se discutir “a revitalização e a recuperação do Parque Natural da Serra da Estrela”.
O presidente da associação de Amigos da Serra da Estrela criticou a “falta de planeamento” na sequência do incêndio deflagrou em Agosto de 2022, fazendo um balanço “muito negativo” do último ano, e lamentou que os contratos-programa de 8,9 milhões de euros para mitigar os danos ainda não tenham sido revelados.

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