Guarda | Saúde
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses considerou que os contractos a termo incerto de 60 enfermeiros em funções no Hospital da Guarda devem reconvertidos em contrato sem termo.
Esta preocupação foi manifestada pelo Sindicato, em conferência de imprensa, realizada frente à sede da ULS da Guarda, na segunda-feira, 6 de Novembro.
O Sindicato lembrou que há profissionais que entraram na altura do covid, com contractos iniciais de quatro meses e que depois “passaram a termo incerto”. Alfredo Gomes, da direcção nacional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses considera que “têm de ser contractos sem termo porque estes colegas estão a satisfazer as necessidades permanentes da instituição”.
Referiu que apesar do Conselho de Administração da ULS Guarda prever a resolução do problema no Plano de Actividades e Orçamento e “do Ministério anunciar que os hospitais têm alguma autonomia o certo é que continua por resolver, porque depois o governo não aprova os documentos”.
Alfredo Gomes explicou que são enfermeiros que “são necessários nesta ULS e a qualquer altura podem ir para a rua”. E acrescentou: “Temos colegas com filhos, outros que querem casar e comprar casa e não podem. Porque vão ao banco pedir empréstimo e não dão porque não têm emprego. Para todos os efeitos para o banco não têm emprego”.
“Se precisam de mais enfermeiros não se compreende como é que estes 60 contractos não passam a contrato sem termo e não se contratam mais profissionais”, disse Alfredo Gomes.
Lembrou que “com o encerramento de serviços aqui na Guarda, há mais transferência de doentes para Viseu, Coimbra e outros hospitais”.