Guarda
Entre os dias 29 de Janeiro e 4 de Fevereiro, o Comando Distrital da PSP da Guarda desenvolveu a “Operação Odeta”, direccionada à segurança dos animais de companhia e, de entre estes, cães perigosos e potencialmente perigosos. A acção incidiu na prevenção, sensibilização e fiscalização das normas legais em vigor (trela/peitoral ou açaimo na via pública, registo dos animais de companhia, vacinação obrigatória e verificação, no que respeita a cães perigosos e potencialmente perigosos, da formação específica dos detentores e se foi ministrada por treinadores credenciados). A operação recebeu a designação “Odeta” em homenagem à cadela, de raça pastor alemão, que esteve ao serviço do Grupo Operacional Cinotécnico da PSP entre 2007 e 1 de Outubro de 2015, dia em que morreu. Ao longo desses 8 anos, a cadela Odeta participou em várias operações em Portugal e no estrangeiro, contribuindo de forma eficaz para a segurança pública. No dia 31 de Janeiro, no período da tarde, a Brigada de Protecção Ambiental (BRIPA) do Comando Distrital da PSP da Guarda esteve no Parque Urbano do Rio Diz, na Guarda-Gare, onde sensibilizou e fiscalizou detentores de animais de companhia. Nos restantes dias as acções foram desenvolvidas em toda a área das cidades da Guarda e de Gouveia, onde a PSP está presente. A acção desenvolvida no Parque Urbano do Rio Diz foi realizada pelo Agente Principal da PSP Moisés Nunes e pelo Agente da PSP Hélder Rodrigues. Os agentes esclarecerem os proprietários e as pessoas que não sendo proprietárias passeavam os cães naquele espaço de lazer para as novas regras em vigor e que se aplicam aos animais de companhia (cães e gatos). Os dois agentes da PSP abordaram vários proprietários, que desconheciam as novas regras, por exemplo, a obrigatoriedade de se fazerem acompanhar da documentação dos animais, alertando tratar-se de uma falha que dá origem a um auto de contra-ordenação. Às pessoas contactadas pediram-lhes que posteriormente fizessem a apresentação dos mesmos no Comando da PSP. Mónica Santos, que passeava a pequena cadela Lira, garantiu na altura que os documentos do animal “estão em dia”, mas não os tinha consigo. “Normalmente trago as chaves de casa e pouco mais do que isso”, disse a mulher, prometendo arranjar uma bolsa com os documentos da cadela para os levar consigo quando se deslocar com ela ao exterior da residência. Duas mulheres, uma que passeava o cão Óscar, de uma sobrinha, e outra a cadela Ema, de uma vizinha, também não tinham os documentos na sua posse. A PSP prestou todos os esclarecimentos e pediu que informassem os proprietários para que fossem apresentar a documentação nas instalações do Comando da PSP. O agente Hélder Rodrigues informou que caso se tratem de cães perigosos ou de raças potencialmente perigosas, só podem “ser passeados pelo proprietário com formação” para o efeito. Os cães de raça perigosa ou potencialmente perigosa só podem andar na rua com trela superior a um metro, açaime e peitoral e, para além do aspecto da formação, que é obrigatória, os seus proprietários “têm de ter seguro e o registo criminal limpo”, indicou o Agente Principal Moisés Nunes. A PSP é entidade formadora nestas matérias e estão abertas as inscrições para a 3.ª sessão de Certificação de Treinadores de Cães Perigosos e Potencialmente Perigosos, a realizar entre 5 e 9 de Março.
Os dois agentes da PSP da Guarda deixaram ainda claro durante a acção que é importante “informar as pessoas” sobre a legislação que é aplicada aos animais de companhia, pois ainda há quem desconheça, por exemplo que, o uso de coleira e açaimo ou trela na via pública é obrigatório por lei. No caso de os animais (cães e gatos) estarem abandonados na via pública são encaminhados para o Canil Municipal.