No Período de Antes da Ordem do Dia da reunião da Câmara Municipal da Guarda, o vereador do PS Joaquim Carreira apelou à maioria PSD/CDS-PP que reveja a situação do corte de trânsito na Praça Velha
e na Rua do Comércio que divide a cidade “em dois”, o que do ponto de vista económico “é um erro”. A situação foi decidida, há vários anos pelo então executivo socialista, mas os eleitos do PS sugerem agora que “se faça um estudo sério desta divisão da cidade” e que o problema seja corrigido. “Não conseguimos atravessar a cidade com automóveis no sentido Nascente – Poente ou Poente – Nascente”, alertou Joaquim Carreira, que defende a necessidade de este cenário ser alterado, por ser considerado “um erro urbanístico”. “O facto de não se poder transitar” naquele local provoca complicações ao comércio e, segundo o vereador, “mutila o comércio” e origina “a debilidade económica das empresas que se instalam aqui”. “Quase mensalmente fecha um comércio naquele local”, lembrou, apontando que o problema também afecta a Rua 31 de Janeiro em toda a sua extensão.
Para Joaquim Carreira a autarquia deve estudar o assunto e equacionar a situação, por considerar que “é de vital importância que se volte a transitar de forma condicionada” naquele local central da cidade. “Deve ser feito um estudo sério para equacionar o atravessamento da cidade no sentido Poente – Nascente, reabrindo a Rua do Comércio com trânsito condicionado e lento”, defendeu.
O vereador José Igreja também referiu que o reestudo da situação é “urgente”, por considerar que “é uma questão que tem a ver com a economia da Guarda”.
Na resposta, o presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, disse que irá apresentar ao executivo, “no tempo certo”, um estudo sobre a melhoria da interligação de vários pontos da cidade. Um dos pontos que está a ser estudado é aquele local, adiantando que, na sua opinião, “deve haver trânsito para ligar aquelas duas partes da cidade que estão separadas”. Assegurou que “com a tranquilidade que é exigida, com a seriedade técnica e política, no tempo certo não deixaremos de apresentar aqui algumas soluções”. Álvaro Amaro reconheceu ainda que “há que fazer alguma coisa para fluidificar melhor os automóveis e, mais do que isso, as pessoas, em algumas zonas da cidade, incluindo o Centro Histórico”.