Presépio da Sé da Guarda apresenta nascimento de Jesus em contexto de guerra

Estrutura foi construída pelos Escuteiros

Este ano, o Presépio erguido na Sé da Guarda apresenta o nascimento do Menino Jesus em contexto de guerra, evocando o que se passa actualmente na Terra Santa. A ideia partiu do Agrupamento 134 – Guarda do Corpo Nacional de Escutas (CNE) e dos párocos.
“Os escuteiros quiseram mostrar o nascimento de Cristo em contexto de guerra”, disse o padre Alfredo Neves ao Jornal A GUARDA. Adiantou que a estrutura pretende “mostrar o nascimento do Menino Jesus no meio da guerra”.
Evocando o que se passa no lugar onde Jesus nasceu, onde a guerra tem feito milhares de vítimas, muita das quais crianças, o Presépio da Sé da Guarda destoa no meio de tanta harmonia arquitectónica numa das naves laterais do templo.
“Quando olhamos para este presépio o nosso pensamento vai logo para a Palestina mas não nos podemos esquecer que as grandes guerras estão perto de nós”, referiu Alfredo Neves. O Pároco disse que a representação do presépio na Igreja Mãe da Diocese vai mudando de lugar de ano para ano. E explicou: “Raramente repetimos o mesmo sítio, vai percorrendo todos os espaços da Sé”.
Quem passar junto do Presépio encontra a gruta com Maria, José e o Menino, bem como o burro e a vaca, a que se juntam no exterior o anjo, o pastor com as ovelhas e ainda os três magos. Ao contrário dos presépios tradicionais da região, em que abunda o verde do musgo, na representação do nascimento, na Sé da Guarda, o cenário é feito com restos de telhas, blocos e outros desperdícios. No meio de toda esta catástrofe a Luz da Paz de Belém renasce no meio dos escombros, estre os despojados pelas guerras e continua a trazer a esperança de um mundo melhor. Recolhida num cenário de guerra na gruta da Natividade em Belém pelas pequenas mãos frágeis de uma escuteira Lobita passou de mão em mão até chegar ao Agrupamento 134 que, desta forma a quis partilhar pela paróquia da Sé, na Guarda.
Apesar da mensagem, do nascimento de Cristo em contexto de guerra, estar explicita em todo o cenário criado à volta do Presépio, os párocos têm explicado o seu significado nas homilias.
Alfredo Neves lembra que “o lugar onde nasceu Jesus está em conflito e isso não pode ser esquecido neste Natal”.
Ainda dentro do espírito natalício, os escuteiros do Agrupamento 134 partilharam a Luz da Paz de Belém “com a esperança de que a chama da alegria, da solidariedade, do amor, da paz e da fraternidade, se mantenha acesa nas casas das pessoas, no seu dia-a-dia e nos seus corações, para que a saibam partilhar com o próximo”.

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