Preço da água, na Guarda, aumenta 6,7 %, em 2024

Proposta foi aprovada na última reunião da Câmara

A Câmara da Guarda aprovou a “proposta de tarifário para o ano de 2024 dos serviços de abastecimento de água, saneamento de águas residuais e gestão de serviços urbanos”. Depois de em 2022 e 2023, o município da Guarda ter suportado 630 mil euros evitando o aumento de tarifário, o mesmo não irá acontecer em 2024, pois o novo tarifário agora aprovado prevê um aumento de cerca de 6,7%, no valor da água.
O Presidente da autarquia justificou a medida “face aos novos aumentos a que estamos sujeitos neste momento, a começar pela taxa de inflação, passando pelo aumento das tarifas da entidade em Alta, as Águas do Vale do Tejo que subiram os preços”, bem como a Resistrela, cuja tarifa dos resíduos sólidos aumenta 11,5%.
Sérgio Costa referiu que “o aumento dos resíduos em Portugal está um nível nunca visto”. E acrescentou: “A taxa da gestão de resíduos que o Estado Central nos impõe é de 16,67% e, perante isto o Município da Guarda não pode suportar mais despesa”.
“Não podemos suportar mais custos tendo em conta aquilo que nos está ser imposto”, considerou o autarca.
Sérgio Costa disse ainda que “este tarifário é um tarifário que está a ser apresentado nos quatro concelhos que constituem as Águas Publicas em Altitude – Serviços Intermunicipalizados”. E acrescentou: “É um tarifário de convergência dos quatro municípios que irá permitir mais eficiência e mais eficácia”.
“Em função daquilo que foi a análise técnica, todo o estudo que foi feito sobre todo este processo nós propusemos à Câmara estes tarifários para que possam ser já implementado pela nova entidade”, disse Sérgio Costa.
Recorde-se que a Câmara da Guarda integra a Águas Públicas em Altitude – Serviços Intermunicipalizados que junta os municípios de Celorico da Beira, Guarda, Manteigas e Sabugal na gestão dos serviços de abastecimento público de água para consumo humano, de saneamento de águas residuais urbanas e de águas pluviais.
A vereadora do PS, Adelaide Campos referiu que “a gestão dos serviços urbanos de resíduos está má, que o abastecimento da água não está bem e que aquilo que é aprovado na avaliação que é enviado pela entidade reguladora assim o vem manifestar. Explicou que “a ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos diz que existe uma perda muito grande de água, a Câmara da Guarda perde 56% da água, sendo que 29% é perda total”. E acrescentou: “Isto significa que o sistema de distribuição não está a funcionar, tem falhas graves, precisa de manutenção, precisa de ser todo ele reformulado”. Considerou que “a grande luta tem de ser feita não à custa da subida do trifário da água. Penso que a Guarda irá conseguir no futuro diminuir o preço da água agilizando e optimizando o sistema de distribuição”. Para Adelaide Campos “não podem ser os munícipes a pagar as ineficácias e ineficiências da Câmara”.
A vereadora Socialista disse que “outra apreciação feita pela Entidade Reguladora refere que é manifestamente insuficiente aquilo que está investido no tratamento da gestão de resíduos urbanos”.
“As pessoas têm que estar motivadas e instruídas para terem em atenção o gasto parcimonioso da água mas não é carregando para cima dos munícipes o aumento da água que vai melhorar a qualidade e a melhoria da distribuição”, considerou Adelaide Campos.
O vereador do PSD, Carlos Chaves Monteiro também falou do relatório da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos dizendo que “a Câmara da Guarda não passou no exame, chumbou claramente”.

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