Politécnico da Guarda vai criar plataforma para promover negócios agrícolas

Investimento que ultrapassada os 850 mil euros

O IPG – Instituto Politécnico da Guarda vai criar uma plataforma que visa tornar os negócios agrícolas dos territórios de baixa densidade e zonas rurais de montanha mais sustentáveis e competitivos.
“Vamos desenvolver a primeira plataforma de promoção de inovação territorial agroalimentar, com base em tecnologias de monitorização, produção e gestão”, disse Teresa Paiva, responsável pelo projecto.
A plataforma, que alia a inovação e tecnologia às actividades turísticas e rurais, vai ser desenvolvida em parceria com pequenas e médias empresas (PME) da região, centros de investigação e instituições de ensino superior.
O projecto designado ‘Interior+’ contará com um investimento que ultrapassada os 850 mil euros, pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), depois de ter assegurado a primeira posição numa lista de 13 candidatos ao financiamento daquele Plano para a revitalização de zonas rurais. O contrato para a sua concretização foi assinado na última semana, numa cerimónia que decorreu em Lisboa, e que contou com a presença da ministra Maria do Céu Antunes, e do presidente do IPG, Joaquim Brigas.
Teresa Paiva disse que o projecto terá início “com uma região modelo, que abrange os territórios do Minho, da Beira Interior e da Beira Alta, em que diferentes agentes do sector se reúnem para criarem medidas que ajudem a combater a fraca densidade populacional e empresarial nos seus territórios”.
Explicou que “com recurso a instrumentos tecnológicos avançados – como drones, IoT (“internet das coisas”) e inteligência artificial –, a plataforma agrega informações úteis aos empresários agrícolas sobre características dos solos, dietas ajustadas para a criação de animais, optimização de recursos, necessidades dos consumidores, tendências de consumo e estratégias comerciais”.
Para além do IPG, estão também envolvidas no projecto a Associação de Agricultores para Produção Integrada de Frutos de Montanha, Centro de Competências da Apicultura e da Biodiversidade – representado do Centro de Apoio Tecnológico Agro-Alimentar, CerFundão, InCubo – Incubadora de Iniciativas Empresariais Inovadoras, os institutos politécnicos de Castelo Branco e de Viana do Castelo, INIAV – Polo de Braga, Meltagus – Associação Apicultores Parque Natural Tejo Internacional, Monte Silveira Bio, O&C – Olive Company, Lda, Soprobeira, Quinta da Biaia, Gabriela Isabel Alves, Cereal do Vale e TeroMovigo – Earth Innovation.

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