Câmara da Guarda
A nova proposta de orçamento para 2024 do executivo da Câmara Municipal da Guarda foi chumbada pelos vereadores da oposição, na reunião do dia 14 de Dezembro.
O presidente da Câmara da Guarda considerou a atitude dos vereadores do PS e do PSD como “uma verdadeira oposição ao desenvolvimento da Guarda”.
Sérgio Costa adiantou que o que fizeram os vereadores do PS e do PSD na Câmara da Guarda foi “uma vergonha” e que “só estão preocupados com o poder”.
O autarca referiu que foi apresentado “o melhor orçamento para governar a Câmara no próximo ano” mas o PS e o PSD votaram contra.
Sérgio Costa justificou que na nova versão do orçamento foram incluídos os contributos e todos os projectos aprovados nas últimas reuniões de Câmara. Apesar das alterações “o PS e o PSD voltaram a votar contra”, facto que o presidente considerou um alinhamento “muito estranho”.
Ao elencar o que foi acrescentado no novo orçamento, Sérgio Costa apontou os contributos apresentados pelo PS, PSD, Bloco de Esquerda e JS, no valor de cerca de um milhão de euros. Lembrou que “é impossível fazer tudo ao mesmo tempo” e considerou que o voto contra dos vereadores da oposição “não é uma questão de contributos” mas sim “uma questão politica”.
“O que está em causa não é que esteja lá esta ou aquela rubrica mas criar uma crise política”, disse Sérgio Costa.
Adelaide Campos, vereadora do PS, disse entender que o presidente da Câmara “fique muito arreliado pelo facto de agora ter de se submeter de uma forma mais assídua às deliberações e a uma maior discussão”. Adiantou que “o presidente não leva muito a sério o que é dito pela oposição” defendendo que “a Guarda não pode viver de actos falhados e de promessas”. Referiu ainda que “a Guarda é aquilo que a Assembleia Municipal Diz e aquilo que a Câmara diz”. Em relação ao custo das Assembleias Municipais defendeu que cabe ao presidente da Câmara travar as despesas sugerindo que “faça uma assembleia e corrija o resto todo”.
Adelaide Campos disse que o PS não pretende provocar eleições, “não é esse o objectivo primeiro”, tal só acontecerá “se não houver alternativas”.
O vereador do PSD Carlos Chaves Monteiro disse que o que está a acontecer na Câmara da Guarda “são coisas normais da democracia”. Lembrou que “cabe ao senhor presidente apresentar as suas opções e à oposição votar a favor, contra ou abster-se”.
O voto contra dos vereadores do PSD foi justificado pelo facto do executivo ter apresentado “um orçamento praticamente igual ao anterior”. E acrescentou: “Não houve alterações que justificassem a alteração de voto”.
“Estamos perante um mau orçamento que não aposta no investimento e tem um despesismo atroz”, adiantou Carlos Chaves Monteiro.
O presidente Sérgio Costa considerou que, com esta posição, os vereadores do PS e do PSD prestaram “um mau serviço à Guarda” que pode comprometer “o desenvolvimento da cidade e do concelho”.