Os três empreendedores da Guarda que pretendem instalar uma fábrica de pellets de giesta para aquecimento, que contribuirá para a limpeza dos terrenos e para a prevenção dos incêndios florestais na região, anunciaram que tencionam candidatar o projecto a fundos comunitários do Portugal 2020.
A unidade de fabrico de pellets de giesta, que contempla a criação de uma central de biomassa com duas linhas de produção, com capacidade para produzir entre 7 a 8 toneladas por hora, está projectada para o Parque Industrial da Guarda.
Recorde-se que o projecto de Bruno Almeida, Fernando Gouveia e João Ferreira, denominado GPellets, foi o vencedor, na Beira Interior, do concurso InovEmpreende 2014 promovido pela Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria.
O plano de construção da fábrica, que tem um investimento previsto de 500 mil euros, já está elaborado e os empreendedores estimam criar 12 postos de trabalho, logo no arranque da unidade. O produto fabricado, que é utilizado como fonte de calor e de energia em lareiras, caldeiras e salamandras, entre outros equipamentos, será colocado no mercado nacional e internacional.
De acordo com os promotores, o projecto, tem por objectivo valorizar os recursos endógenos para a produção de pellets mais eficientes, com profunda preocupação pelo meio ambiente e pelo desenvolvimento local. “A mais-valia deste projecto para esta região é realmente a manutenção da floresta, a contribuição para o meio ambiente, a redução de emissões de CO2, a produção e a utilização da biomassa e dos produtos endógenos para a fabricação de um produto para aquecimento que é a pellet, que se usa muito e que está em expansão”, explicou Fernando Gouveia, um dos promotores da ideia.
Fernando Gouveia referiu ainda que os pellets produzidos a partir de giestas são de “qualidade extrema” e possuem um “valor calorífico muito superior” aos que estão actualmente no mercado.
Os autores do projecto empresarial lembram que o mesmo começou “numa conversa entre três amantes da Natureza que chegaram à conclusão que tinham a mesma ideia e decidiram juntar-se para a desenvolver”. “Chegámos à conclusão de que há muito mato nos terrenos da região e dado o risco eminente de incêndios florestais é urgente a limpeza destes e o seu aproveitamento para produção de pellets”, acrescentaram.
A iniciativa tem o apoio da Câmara Municipal da Guarda, da Junta de Freguesia da Guarda, do Instituto Politécnico da Guarda, do NERGA – Associação Empresarial e da Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria.