Guarda


A Câmara Municipal da Guarda aprovou na última reunião do executivo, realizada na segunda-feira, dia 22 de Fevereiro, na sede da Junta de Freguesia de Alvendre, o lançamento do concurso público para a constituição do direito de superfície destinado à reabilitação, ampliação, exploração e gestão do edifício do antigo Matadouro Municipal, localizado junto da entrada para o Bairro da Luz. O presidente da autarquia, Álvaro Amaro, explicou na ocasião que o assunto estava a ser estudado “há muitos meses” e que já foi manifestado interesse por parte de um empresário. O espaço será para comércio e serviços e “esperemos que a abertura deste procedimento faça aparecer mais investidores”, disse o autarca aos jornalistas, no final da reunião. “Vamos colocá-lo nesse concurso público e os que oferecerem melhores condições, naturalmente que ganharão esse concurso. Isso significa mais economia e mais emprego para a Guarda”, referiu, lembrando que a zona ocupada pelo antigo Matadouro está hoje abandonada e será requalificada no âmbito do processo agora desencadeado. O procedimento prevê que o investidor que vença o concurso usufrua do direito de superfície por um período mínimo de 10 anos e por um máximo de 25 anos e que pague de renda mensal 1% do valor da avaliação do imóvel, sendo que no primeiro ano pagará 240 euros por mês.
A deliberação foi aprovada por unanimidade, mas o vereador do PS, Joaquim Carreira, colocou algumas reservas relativamente ao processo, desde logo pelo valor da renda a pagar. “Parece-me um valor demasiado baixo face à área disponibilizada aos investidores. Achamos que é muito abaixo do valor do mercado. Aprovamos porque concordamos com a iniciativa”, observou, acrescentando que durante a discussão do tema ainda foi sugerida a hipótese de venda do imóvel.
O presidente da Câmara disse que a opção da venda do direito de superfície do edifício do antigo Matadouro Municipal surgiu após o interesse manifestado por um empresário e que o objectivo do executivo que lidera é “captar investimento” e criar “mais emprego”. Álvaro Amaro também reconhece que o valor da renda a pagar é baixo, mas “trata-se de captar investimentos” para a Guarda e de criar uma possibilidade de recuperar aquela zona e de instalar ali comércio e serviços.