Na Missa de Acção de Graças, na Sé Catedral
“O Cardeal Saraiva Martins é lídimo representante da nossa cidade e do nosso concelho nas mais altas instâncias académicas e Eclesiásticas da Igreja, mais propriamente na cidade de Roma, essa Roma eterna, onde ele viveu praticamente toda a sua vida, desde os tempos da formação para a vida sacerdotal, passando pelas funções de professor universitário e reitor da universidade Urbaniana, até chegar às responsabilidades de Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, que exerceu durante 10 anos e à dignidade cardinalícia, tendo sido feito cardeal pelo Papa João Paulo II, agora S. João Paulo II”, disse o Bispo da Guarda, na Missa de Acção de Graças pela vida e obra do Cardeal José Saraiva Martins. D. Manuel Felício presidiu à Missa, na Sé Catedral da Guarda, no dia 9 de Agosto, momentos antes do descerramento da placa de toponímia de atribuição do nome do Cardeal José Saraiva Martins a uma avenida da Cidade da Guarda.
O Bispo da Guarda disse que “o reconhecimento do seu valor enquanto cidadão da Guarda, que a partir de hoje (9 de Agosto) fica ligado a uma avenida da nossa cidade teve já anteriormente outras importantes expressões”. Lembrou a atribuição da medalha de ouro da cidade da Guarda por parte do executivo camarário, medalha essa que lhe foi entregue na Embaixada de Portugal junto da Santa Sé, no dia 14 de Novembro de 2018.
D. Manuel Felício recordou ainda “o amor e a ligação” do Cardeal Saraiva Martins à cidade da Guarda e à sua terra natal, a aldeia de Gagos (Jarmelo). “Todos os anos ele dedica alguns dias para nos visitar e permanecer entre nós durante o mês de Agosto como agora está a acontecer”, disse D. Manuel Felício.
Sobre o Cardeal natural da Diocese da Guarda, o Bispo da Guarda adiantou que “é notável ao longo do seu percurso como académico a produção literária do Cardeal Saraiva Martins no âmbito da teologia, com mais de 20 livros publicadas assim como mais de duas centenas de artigos científicos publicados em revistas internacionais”. E acrescentou: “Dentro da sua carreira ligada á Cúria Romana, em 1988 é nomeado pelo Papa João Paulo II prefeito da Congregação para a causa dos santos e, como dissemos, em 2001 elevado à dignidade cardinalícia, pelo mesmo Papa João Paulo II, com o título de cardeal-diácono de Nostra Signora del Sacro Cuore. Já depois de ter resignado das funções de Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, com 7 anos de idade, o Papa Bento XVI elevou-o ao estatuto de Cardeal Bispo, no ano de 2009, com o título de cardeal Bispo de Palestrina”. E concluiu: “O seu percurso de vida como intelectual, académico e dedicadamente entregue às grandes causas da Igreja para serviço da sociedade é importante referência para todos nós, o que do fundo do coração lhe agradecemos”.
Na Missa de Acção de Graças, em que participaram muitas pessoas, entre os quais o Embaixador de Portugal na Santa Sé, concelebraram D. José Alves, Arcebispo Emérito de Évora, D. António Moiteiro, Bispo de Aveiro, D. António Luciano, Bispo de Viseu e vários sacerdotes do arciprestado da Guarda.