Guarda
O presidente da Câmara da Guarda considera que o sistema de portagens em vigor nas duas auto-estradas da região é “economicamente injusto” e é um factor de discriminação negativa. “É economicamente injusto o sistema e o valor das portagens na A23 (Guarda -Torres Novas) e na A25 (Vilar Formoso – Aveiro)”, disse o autarca na última reunião do executivo municipal. O tema foi abordado no Período de Antes da Ordem do Dia pelo vereador do PS, José Igreja, que apelou ao presidente que “volte a pegar” no tema das portagens, “de modo a que o Governo volte a analisar situações tão graves” como as que ocorrem nas duas vias que servem a região. José Igreja disse que os autarcas dos Municípios servidos pelas antigas SCUT A23 e A25 devem continuar a lutar para que as tarifas “sejam revistas ou anuladas”.
Álvaro Amaro considerou que o sistema de cobrança de portagens em vigor nas duas auto-estradas que servem o distrito e a Guarda é “um absurdo” e é “desincentivador” para a economia. “Estamos perante um facto de discriminação negativa para o Interior, quer por parte da A25 quer em particular por parte da A23”, disse, reconhecendo que “é um dissabor” a Guarda estar “no cruzamento de duas auto-estradas que têm portagens das mais caras do país”.
A introdução de tarifas nas ex-SCUT foi, em sua opinião, uma deliberação injusta “para a economia do Interior, porque é uma discriminação negativa”. “Todos os políticos falam, e bem, na discriminação positiva, e aqui estamos perante uma discriminação negativa. É uma dupla penalização. O presidente da Câmara da Guarda só pode estar contra uma dupla penalização para as empresas da Guarda, em particular, e do Interior em geral”, afirmou. Álvaro Amaro referiu que ainda alimentou a esperança de o Governo rever o processo este ano, mas admite que será difícil. “Quando eu vejo chegar o final do mês de Julho, vamos entrar em Agosto, está em construção o Orçamento do Estado [para 2015], que será entregue na Assembleia no dia 15 de Outubro, vou perdendo um bocadinho a esperança, mas não perco a convicção. A minha convicção mantem-se inalterável em relação a este Governo ou a qualquer outro”, justificou.