Esta semana, ouviram-se os protestos de alguns utentes pelo aumento de tarifas dos transportes urbanos e pela supressão de algumas carreiras na cidade. No final da reunião de Câmara, o autarca Álvaro Amaro foi confrontado com o assunto, dizendo que foi feito um estudo entre o Município e a empresa relativo à frequência dessas carreiras. “Nós temos um processo de dívida, para com essa empresa, herdada (do executivo do PS). Nós tomámos essa decisão com a empresa, tendo em conta os elementos de que dispomos. Tivemos o cuidado de ver a frequência dessas carreiras. Decorre um estudo mais aprofundado” da situação, disse. “Neste semestre prepararemos um estudo de modo a podermos concursar no mercado e testando essa frequência das carreiras”, anunciou. Referiu que a Câmara podia ter mantido tudo como estava mas, teria que pagar “mais uns largos milhares de euros por mês”. Quanto às novas tarifas dos transportes públicos, disse compreender “que as pessoas possam ter uma ideia diferente”, mas isso resulta “da necessidade de fazermos a gestão da coisa pública, que hoje está num paradigma diferente”. “O Município da Guarda viveu anos sucessivos muitíssimo acima das suas possibilidades. Viveu sem preocupações de olhar para os mais naturais elementos de gestão”, disse, lembrando a título de exemplo que herdou uma coima de 300 mil euros que foi paga à Microsoft. Se não fosse a multa “baixaria as tarifas dos transportes até ao final do meu mandato e não precisava de alterar as carreiras”, observou.