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Quinta dos Carvalhais articula agricultura e turismo diferenciado e de qualidade

Fornos de Algodres

A Quinta dos Carvalhais é uma exploração agrícola com 27,82 hectares, situada na Freguesia da Muxagata, no concelho de Fornos de Algodres e detida pela empresa “João Pina Gomes – Sociedade Agro-turística Lda”, criada em 2010. A quinta alia a agricultura ao turismo, sendo que as principais actividades agrícolas são o olival, pomar de mirtilos, pomar de groselhas, cereais e floresta. O promotor João Pina Gomes referiu ao Jornal A GUARDA que o projecto “nasceu com a aquisição, há uns anos atrás, da Quinta dos Carvalhais, uma propriedade agrícola com características diferenciadoras e de grande potencial que se encontrava totalmente abandonada e em ruínas”. “Efectuámos um conjunto de iniciativas e investimentos que promoveram de forma sustentável a recuperação física e económica da Quinta dos Carvalhais”, referiu. E acrescentou: “O que nos diferencia é a estratégia conseguida de articular a agricultura com o turismo diferenciado e de qualidade, capaz de valorizar devidamente os produtos agrícolas, os edifícios, o montado de carvalhos… Defendo a diversificação de actividades. Daí que recuperámos e ampliámos os edifícios em ruínas e criámos três unidades de alojamento independentes (dois T1 e um T3), e algumas infra-estruturas e equipamentos de apoio, como a piscina comum, parque infantil, jardins, sala para workshops, forno tradicional, eira tradicional, caminhos pedonais, placas interpretativas das culturas agrícolas, etc.”. Na exploração agrícola é disponibilizado “um conjunto de instalações, equipamentos e serviços que permitem apresentar um produto turístico completo e diversificado, sem fugir à nossa actividade principal que é a agricultura”.
João Pina Gomes disse ainda que brevemente a empresa irá “diversificar as actividades agrícolas na exploração com um investimento na instalação de alguns hectares de pinheiro manso e medronho”. “Temos um projecto educacional, de valorização agrícola e ambiental, que não se limita a proporcionar aos hóspedes o acompanhamento e conhecimento da actividade agrícola e a participação nos trabalhos desenvolvidos (principal valência), mas permite outras actividades lúdicas e recreativas. Com esta premissa, disponibilizamos na exploração agrícola de 27,82 hectares, um conjunto de instalações, equipamentos e serviços que permitem apresentar um produto turístico completo e diversificado”, foi referido ao Jornal A GUARDA.
Os alojamentos estão em contacto estreito com a floresta (o que propicia aos hóspedes um equilíbrio do seu estado de espírito através de um revigoramento natural, calmo e silencioso, próprio da natureza) e têm grande visibilidade para as diversas culturas agrícolas. A quinta possui um Pomar de Mirtilos (com cerca de 1 hectare, constituído por 10 variedades: Liberty, Legacy, Duke, Bluecrop, Goldtraube, O’neal, Ozarkblue, Bluegold, Chandler e Rabbiteye) e um Pomar de Groselha (com cerca de 0,5 hectares, constituído por 1.350 groselhas das espécies Ribes rubrum – groselha vermelha- e Ribes nigrum – groselha preta).
A Quinta dos Carvalhais também disponibiliza vários serviços integrados como passeios pedestres (Caminhadas ao Rio, Caminhadas para observação de fauna e flora, Caminhada com o pastor, Caminhada à montanha, Caminhada ao Santuário da Senhora dos Milagres, Caminhada Nocturna), Passeios de bicicletas, Passeios de burro, Mini-Rota do Queijo Serra da Estrela (com a possibilidade de os hóspedes aprenderem a fazer Queijo Serra da Estrela), Mini-Rota do Azeite (visitas guiadas a lagares com possibilidade de “lagarada”), Mini-Rota Vinhos de Quinta (possibilidade de os hóspedes participarem na vindima), Birdwatching, Natação, Passeios de TT com o apoio do Esgalhada Club TT e Horta Pedagógica.
Em relação à taxa de ocupação do complexo, o empresário adiantou que “apesar da crise, temos tido boa adesão. As nossas vendas, na área do alojamento, ganham cada vez mais percentagem no total facturado da empresa. É um produto novo e de qualidade, no entanto, os preços de venda têm de ser equilibrados para captar a classe média que é quem mais sofre com esta crise”. “Os portugueses, espanhóis e franceses são os melhores clientes. Mas já tivemos clientes ingleses, suecos, checos, sul-africanos, holandeses …”, finalizou.

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