Figueira de Castelo Rodrigo
A população de Figueira de Castelo Rodrigo saiu à rua, no dia 8 de Fevereiro, numa grande manifestação contra a falta de médicos de família. Centenas de pessoas chamaram a atenção e alertaram para o que consideram ser uma situação insustentável no que diz respeito aos cuidados de saúde no concelho.
A concentração começou junto ao Mercado Municipal, onde teve início uma marcha lenta até ao Centro de Saúde. Os participantes empunharam cartazes e proferiram palavras de ordem como “Figueira quer mais médicos e merece mais SNS”, Figueira de Castelo Rodrigo na luta pelo direito a cuidados de saúde” ou “1 médico para mais de 5 mil pessoas, façam as contas”.
A falta de médicos de família tem vindo a lesar os cidadãos e desde esta terça-feira, 13 de Fevereiro, que a situação se agravou ainda mais, com a reforma de mais uma médica, ficando apenas um médico de família a tempo inteiro para servir toda a população.
O presidente da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo, Carlos Condesso, disse que a situação “é de agonia” e que com a reforma de mais uma médica, esta terça-feira, “será o caos”. E acrescentou: “As pessoas não conseguem consulta. Esta situação está a deixar a população muito nervosa e insatisfeita”.
Paulo Langrouva, vereador do PS na Câmara Municipal, também participou no protesto e disse que “o concelho está desprotegido e abandonado em termos de saúde”. “O interior também paga os mesmos impostos, tem os mesmos direitos”, referiu. Considerou ainda que “é insustentável haver só um médico no Centro de Saúde”. No final da manifestação, o presidente Carlos Condesso disse que se depois desta manifestação “não houver soluções num curto espaço de tempo, a população vai voltar a sair à rua”.
Recorde-se que a realização da manifestação foi aprovada em Assembleia Municipal por unanimidade pelos eleitos do PS e PSD.
