A Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo vai atribuir um apoio anual aos produtores de gado do Concelho, com o objetivo de estimular a pecuária e atenuar os efeitos do aumento dos custos no setor.
Os apoios serão atribuídos mediante apresentação de candidatura, que começaram a ser apresentadas esta segunda-feira, 2 de Setembro, preenchendo os requisitos estipulados no Regulamento Municipal, já publicado em Diário da República, estando disponível toda a documentação necessária nos serviços administrativos da autarquia e no site institucional.
O documento define que as comparticipações são a fundo perdido e estabelece os montantes dos apoios, nomeadamente dez euros por cada animal bovino, três euros por cada ovino e caprino e ainda três euros e cinquenta cêntimos por cada ovino da raça Churra da Terra Quente, uma espécie praticamente extinta e que se tenta, assim, proteger.
A atividade pecuária tem uma expressão significativa no Concelho, assumindo uma importância fulcral na sustentabilidade da economia rural, na preservação da paisagem, na gestão do território e na coesão social.
O contributo da autarquia pretende, assim, garantir a manutenção desta atividade económica e dos seus produtores, bem como assegurar a qualidade do produto final e preservar o padrão elevado de sanidade pecuária e dos seus produtos derivados. Por outro lado, estes incentivos financeiros procuram minimizar as dificuldades que se fazem sentir no setor, nomeadamente os efeitos da inflação, com o aumento do preço das rações e de todos os produtos que a atividade envolve.
A autarquia presidida por Carlos Condesso, refere que “os dados oficiais apontam para que existam no Concelho mais de 16 mil cabeças de gado ovino, de 150 produtores, e 3 mil cabeças de gado bovino, de cerca de 60 produtores, estimando-se que o investimento anual da Câmara na atribuição deste apoio ultrapasse os 60 mil euros”.