Centenas de pessoas manifestaram-se, no último Domingo, 26 de Novembro, na Guarda em defesa do Hospital e do Serviço Nacional de Saúde. A partir da Câmara da Guarda, o cordão humano juntou médicos, enfermeiros, autarcas de todo o distrito e utentes anónimos, num percurso que terminou junto às urgências do hospital, onde a prestação de cuidados está com enormes constrangimentos.
Sílvia Massano, promotora da iniciativa, disse ao Jornal A GUARDA que o principal objectivo foi “chamar a atenção para o estado degradante do SNS – Serviço Nacional de Saúde e das falhas continuas que tem havido no acesso ao Serviço de Urgência e no acesso a consultas das várias especialidades”.
No dia em que o cordão humano percorria as ruas da cidade da Guarda, a urgência estava condicionada e “durante a semana que passou várias valências não estiveram a funcionar”. Sílvia Massano teme que “este carácter pontual se torne definitivo para uma capital de distrito” o que considerou “deveras preocupante”.
O cordão humano quis “chamar a atenção da opinião pública porque, a nossa sensação é de que as pessoas não estão devidamente informadas e não sabem o perigo que correm”. Sílvia Massano adianta que “se nada for feito, o nosso hospital corre o risco de fechar”.
A iniciativa quis “sensibilizar as pessoas de que o acesso à saúde é um direito inalienável e que temos de reclamar por ele”. E acrescentou: “Não podemos deixar que este direito fique à mercê de meia dúzia de pessoas que acham que os cidadãos que vivem em territórios de interior são meros números”.
Apesar de reconhecer que há dificuldades em todos os hospitais do País, disse que “dentro dos constrangimentos, o Hospital da Guarda é o que tem maiores constrangimentos nas várias especialidades”.