Em São Pedro do Rio Seco, concelho de Almeida, o conjunto escultórico, que constitui o memorial alusivo ao centenário do nascimento do professor Eduardo Lourenço, e que foi inaugurado esta terça-feira, 23 de Maio, é formado por três elementos e é executado em aço corten, inox e bronze.
Projectado pelo arquitecto António Saraiva, o memorial é constituído “por um cerra livros que integra uma árvore enquanto símbolo de vida, de futuro, de germinação já que os livros são a semente de uma cultura e o perpetuar da história de um povo e nação”.
A árvore poderá ser também uma alusão ao provérbio de que um homem só o é na sua plenitude depois de fazer um filho, escrever um livro e plantar uma árvore.
O segundo elemento é o conjunto de livros que se apresentam em várias posições e dimensões fazendo referência à variedade e diversidade da obra literária, que o professor Eduardo Lourenço nos deixou. Por último, o busto em bronze, do escultor José João Brito, que pretende perpetuar para as gerações vindouras a imagem da personalidade de Eduardo Lourenço, do professor, do poeta e filósofo.
António Saraiva explica que este memorial foi inspirado na frase e pensamento de Eduardo Lourenço: “Se há alguma coisa que posso dizer de mim é que nasci nos livros e nunca saí dos livros”.
Eduardo Lourenço nasceu em São Pedro de Rio Seco, concelho de Almeida, a 23 de Maio de 1923. Foi um professor e filósofo português. Recebeu diversos prémios e condecorações, incluindo o Prémio Camões em 1996.
Na Guarda dá nome à Biblioteca Municipal. Foi o mentor do Centro de Estudos Ibéricos, um organismo que criou em sua homenagem o Prémio Eduardo Lourenço, atribuído desde 2005 e destinado a agraciar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, da cidadania e da cooperação ibéricas.
Eduardo Lourenço morreu em Lisboa a 1 de Dezembro de 2020, aos 97 anos e foi sepultado na terra natal, São pedro do Rio Seco.
As Comemorações deste Centenário do Nascimento de Eduardo Lourenço tiveram início em São Pedro do Rio Seco, junto ao memorial. Seguiu-se um percurso literário, musicado, rememorando o escritor.
Com esta iniciativa, os Municípios de Almeida e da Guarda, pretendem homenagear Eduardo Lourenço enquanto figura maior da cultura portuguesa.
