Câmara quer instalar GNR no antigo edifício da Alfândega

Vilar Formoso

A Câmara Municipal de Almeida gostava de instalar condignamente o Destacamento Territorial da GNR de Vilar Formoso no edifício da antiga Alfândega que está abandonado e em estado de ruína progressiva, disse ao Jornal A Guarda o seu presidente, António Baptista Ribeiro.
“É vergonhoso que a GNR num posto fronteiriço, num local de movimento como tem Vilar Formoso, numa zona de fronteira com os problemas que têm todas as zonas de fronteira, acrescido de ser a maior fronteira terrestre do país, que não disponha de condições condignas”, apontou o autarca.
António Baptista Ribeiro considera que as instalações actuais da GNR “são das piores que temos no país e era urgente haver uma mudança e uma intervenção”. Adiantou que tem feito contactos com a Direcção-Geral do Tesouro para que ocorra a cedência do antigo edifício da Alfândega, localizado junto da Estação da CP, para que possa ser recuperado para acolher os militares da GNR. Reconhece que a instalação do Destacamento Territorial em novas instalações “não deveria ser da responsabilidade do Município”, mas está disponível a realizar a obra, porque “nem sempre o Poder Central é célere nas respostas ao necessário”. Assume que, enquanto for presidente da Câmara de Almeida, não se importava de se substituir ao Governo central e de recuperar o edifício para a GNR. No entanto, refere a necessidade de a obra vir a ser financiada “porque estamos a falar de uma obra que rondará ou ultrapassará os 2 milhões de euros e o Município jamais teria até capacidade financeira para levar uma obra dessas por diante”. “Se fosse financiada, isso representaria um investimento de 250 a 300 mil euros para o Município”, observou, lembrando que a Câmara Municipal de Almeida já se substituiu ao Governo nas obras de construção do novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Almeida e na recuperação da ponte que caiu no perímetro da Praça Forte de Almeida.
Com a possibilidade de o antigo edifício da Alfândega ser recuperado para quartel da GNR, o autarca assume que seriam dados dois tipos de respostas: “recuperávamos património degradado que merece uma intervenção e instalávamos condignamente a GNR em Vilar Formoso”. O presidente da Câmara lembra que o edifício da antiga Alfândega foi construído no tempo do Estado Novo, mas possui “uma parte arquitectónica que não é de desperdiçar e que merece recuperação”, tanto mais que está situado no Largo da Estação “e é um local nobre” da vila fronteiriça de Vilar Formoso.

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