A Associação de Desenvolvimento Regional Territórios do Côa, com sede em Almeida, acredita nas potencialidades do Vale do Côa e criou um Clube de Embaixadores que vão colaborar na sua afirmação.
Durante a realização da “Cimeira da Identidade dos Territórios do Interior”, que decorreu na sexta-feira, dia 27 de Junho,
no pavilhão multiusos de Vilar Formoso, o presidente da Câmara Municipal de Almeida e da Territórios do Côa, António Baptista Ribeiro, reconheceu que os Municípios abrangidos pelo Vale do Côa têm muitas especificidades para se afirmarem como “região de marca” no plano turístico nacional.
O autarca assinalou a existência de um importante património cultural material, com destaque para o Parque Arqueológico do Vale do Côa, em Vila Nova de Foz Côa, e para as Aldeias Históricas, imaterial (capeia arraiana do Sabugal), natural e gastronómico.
“Hoje, temos todos estes ingredientes para fazermos da nossa região uma região de marca. O Côa tem direito a essa identidade. Pelo trabalho que já fizemos, é o momento de transformarmos esta região numa marca forte, ainda mais conhecida do que é”, afirmou.
António Baptista Ribeiro assumiu na sua intervenção que a região do Vale do Côa “quer ser uma marca no Interior” do país, existindo potencialidades para “potenciar e divulgar”. Lembrou que “até há pouco tempo, os territórios do Interior eram desconhecidos”, mas, “fruto de grandes iniciativas como o lançamento do Programa das Aldeias Históricas, a elevação das gravuras do Côa e do Douro Vinhateiro a património da UNESCO”, passaram a ter visibilidade nacional e internacional.
Já o presidente do Conselho de Administração da Fundação Côa Parque, Fernando Real, que gere o Parque Arqueológico e o Museu do Côa, disse que a região tem “activos com valor”, apontando a existência de “património invulgar”, paisagem cultural e património arqueológico de excepção. “O truque do sucesso passa pela aposta no conhecimento e no saber fazer bem. Temos dois Patrimónios Mundiais na região e, hoje em dia, o conceito de Património Mundial vende no mundo global que é cada vez mais procurado pelas sociedades urbanas”, observou.
Sofia Ferreira, Directora de Promoção e Marketing da Entidade Regional do Turismo Porto e Norte de Portugal lembrou que o turismo “é um dos sectores económicos mais emocionantes” da actualidade e disse que um dos desafios que se colocam ao sector está relacionado com o potenciar da oferta e da promoção turística de forma integrada.
Durante o evento, a Territórios do Côa apresentou os primeiros 7 elementos do Clube de Embaixadores do Vale do Côa. São pessoas ligadas à região e que se disponibilizaram a colaborar para a sua afirmação. Fazem parte do Clube o constitucionalista Gomes Canotilho (natural de Pinhel), Ana Abrunhosa, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (natural de Mêda), Luís Queirós (natural de Almeida, fundador da Associação Rio Vivo), Manuel Meirinho (professor universitário, natural do Sabugal), Manuel Duarte (professor, de Freixo de Espada à Cinta), Álvaro Carvalho (médico, de Figueira de Castelo Rodrigo) e Adriano Vasco Rodrigues (historiador, com ligações a Almeida).
Dulcineia Catarina Moura, coordenadora da Associação de Desenvolvimento Territórios do Côa, explicou ao Jornal A Guarda que o Clube de Embaixadores do Vale do Côa surgiu para “reunir um grupo de personalidades reconhecidas pelo seu prestígio e relevo no âmbito das suas áreas de especialidade”. Os escolhidos, além de participarem nas iniciativas promovidas pela associação e pelos seus parceiros e associados, também deverão “dar a cara” pela região, testemunhando a sua ligação ao Vale do Côa, disse.
A Associação Territórios do Côa abrange os Municípios de Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Mêda, Mogadouro, Pinhel, Sabugal, Torre de Moncorvo, Trancoso e Vila Nova de Foz Côa.