Resolvi trazer o erro ao tema de hoje, porque falar do erro é ter presente o que pode acontecer ao mais comum dos mortais, cair no equívoco. Aliás é muito mais fácil errar do que acertar, porque a certeza é só uma, enquanto que o erro pode fantasiar milhentas situações.
Pessoalmente, eu digo que para mim, o erro é uma lição, uma vez alcançado o seu resultado, nunca mais enveredo por esse caminho para evitar novos danos que daí advêm, quer para mim, quer para outrem.
Em face do que penso, e como sei o peso do erro, sinto-me na obrigação de o divulgar perante os demais que comigo partilham ideias e interesses, apontando bem os resultados. Outros com visão contrária à minha, mas com muita manha tentam levar o próximo ao logro, apenas pelo facto de ficarem satisfeitos, por não serem só eles a cair na armadilha. Quando a situação se torna pública, existe sempre a desculpa, não fui só eu que caí, foram tantos!
Perante o que vos digo e sinto, o nosso povo quando não vê vantagem, foge à verdade como o diabo da cruz, resultando desta particularidade genética, o diz que disse, gerando polémicas e imbróglios em tudo inúteis à sociedade que nos rodeia.
Reconhecer o erro revela inteligência uma vez que ficamos mais enriquecidos no nosso saber e divulgá-lo, é um soberbo ato de moralidade, insistir nele é aberrante e desvirtua o promotor. Apregoar a sua utilidade, é vender gato por lebre no afamado conto do vigário.
Quem nunca caiu num erro? Penso que ninguém…todavia será um pouco difícil encontrar quem o reconheça, pois na maioria das vezes deturpam a realidade, e mais ainda quando são vítimas da própria ganância, tudo pretendem esconder.
Pior que tudo isto é quando o erro fica a nu, com a sua proveniência conhecida e os seus responsáveis alardeiam por tudo o que é comunicação, para imputar o encargo aos que nada tiveram a ver com tal situação.
Neste jardim à beira mar plantado e onde todos cultivamos a leira que nos calha, a classe dominante, vai usando sistematicamente como desculpa que o zé-povinho viveu muito acima das suas possibilidades, para justificar as suas próprias cabeçadas na governação.
Na democracia em que vivemos, o povo nunca foi governo, apenas de anos a anos é chamado a escolher, onde tantas vezes cai no erro, e esse é que dói, pois a ementa que lhe mostram, que tem tudo bem apetecível, em nada corresponde com a escassez de conduto que posteriormente lhe atravessam na mesa.
Contrariando o rifão popular, a situação em que vivemos é que de hora a hora tudo piora, vendo os poderosos do Mundo a apontar cortes nos salários e pensões, como o rumo do progresso. Muito eu gostava de ver o vencimento mensal desses crânios ilustres que usam esta oratória. Também não entendo este modo de viver que nos impõem, ficando os ricos cada vez mais e o povoléu cada vez mais mendigo. Esta situação em tudo se compara à desmatação de um pinhal, cortar os pequenos para dar o necessário espaço aos maiores.
Nas várias vertentes do Poder, nunca vi ninguém assumir o erro, mesmo que ele venha ao de cima, é sempre obra do passado, fazendo-nos crer que não é agora que nos estão a ir ao bolso.
É bom que muita gente abra os olhos, que pense que quem nada tem nada perde, podendo daí advir uma situação bem grega para quem tiver de a resolver. Acho que o melhor é porem as barbas de molho, pois as do vizinho já estão numa situação bem complicada e que a todos obriga a refletir.
Aconselho a parar um pouco e meditar sobre a mensagem que chega do Vaticano, onde muito bem se mede a pulsação mundial “Dar as mãos aos que precisam”.