O “Dia Internacional da Criança” (Dia das Crianças) é um feriado celebrado em diferentes países a 1 de Junho.
Este dia é tradicionalmente conhecido como o “Dia Internacional da Protecção das Crianças”. Neste dia, os pais acarinham (fazem as vontades) de forma mais visível aos seus filhos: levam-nos a comer fora, dão-lhes presentes e levam-nos ao circo, a parques de diversões, a jardins zoológicos ou museus. As redes sociais ficam repletas das mais lindas fotografias, onde os pais, avós…. se deleitam com as modernas selfies.
Também as escolas, desde as dos mais pequeninos às dos mais crescidos, se digladiam para exibirem marchas, saídas, espetáculos. Tudo a pretexto do dia da criança, que são o produto do amor e a maior expressão de beleza, de ternura, de pureza, do sonho, de fantasia, de alegria.
Em 1954, a Assembleia Geral das Nações Unidas recomendou a celebração de um dia universal da criança (Universal Children’s Day) para manter os direitos das crianças na actualidade. Esse dia é conhecido como o Dia Internacional dos Direitos da Criança e é celebrado a 20 de Novembro.
A Turquia foi o primeiro estado moderno a instituir um “Dia da Criança” em 1920. A data ainda é celebrada anualmente a 23 de Abril.
E Fernando Pessoa também lhe dedica palavras de profundo significado, das quais selecionei:
«Tudo o que dorme é criança de novo. Talvez porque no sono não se possa fazer mal, e se não se dá conta da vida. O maior criminoso, o mais fechado egoísta, é sagrado, por uma magia natural, enquanto dorme. Entre matar quem dorme e matar uma criança não conheço diferença que se sinta.»
«Criança Que Ri na Rua
A CRIANÇA que ri na rua,
A música que vem no acaso,
A tela absurda, a estátua nua,
A bondade que não tem prazo –
Tudo isso excede este rigor
Que o raciocínio dá a tudo,
E tem qualquer cousa de amor,
Ainda que o amor seja mudo.
A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.
Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou
A vinda tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
De o não saber, minha alma está parada.
Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte, de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,
Na ausência, ao menos, saberei de mim,
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim»
«Grande é a poesia, a bondade e as danças. Mas o melhor que há no mundo são as crianças.»