Com o mês de janeiro já vencido, temos que abrir as portas ao que se segue.
Ora o que está na fila é fevereiro, o mais pequeno do ano, muito embora neste ano tenha mais um dia, o que faz com que o ano seja bissexto e o sexto deste século. Temos que ter em conta que em cada cem anos só há vinte e cinco dias com a data de vinte e nove de fevereiro.
Estamos num mês bastante animado, pois temos o Carnaval que anima várias localidades de norte a sul do país, onde a tradição está enraizada e ainda no ano que corre com a situação política a dar o mote a tantas sátiras que certamente irão surgir. Como somos um povo folgazão, não podemos perder esta situação para mostrar a nossa criatividade e fazer rir.
Aqui pelas nossas bandas o Carnaval não tem muito peso. A sua maior representatividade é mais para o litoral, onde os corsos carnavalescos são motivo de grande gala. Por aqui os que eu conheço mais afamados são os Canas de Senhorim e o da dança dos cús em Cabanas de Viriato. Mas ambos já se localizam no distrito de Viseu.
Por aqui os eventos mais importantes do mês de fevereiro estão relacionados com as feiras do queijo da serra da estrela, que para além da divulgação deste produto de excelência as autarquias têm aproveitado as coberturas televisivas para mostrar ao Mundo o melhor que por cá temos e que por cá se faz. Também se tira partido da animação, pois aparecem por cá vários artistas de renome para aquecer as noites que são ainda de inverno.
Estes acontecimentos dão uma certa vida à nossa região, pois estamos a perder população. Traz sempre gente e por vezes alguma, embora pouca acaba por ficar.
A produção do queijo que dá origem a estas demostrações localiza-se nos concelhos que se situam mais na aba poente, que entre eles vão calendarizando os programas.
Se houver neve, então aí o ponto de atração, já é o maciço central. As constantes peregrinações à Serra da Estrela acontecem diariamente por parte daqueles que se consolam de ver o manto branco, com os desportos da neve e a inda com as brincadeiras de que os adolescentes tanto se consolam
Quando o clima é propício a esta situação, o turismo da região obtém largos rendimentos com toda esta gente que vem de zonas mais temperadas e que depois de arrefecer com a frialdade natural procura aconchego para se reconfortar.
À medida que o mês avança para o fim outra grande inclinação turística acontece no distrito e desta vez para o lado norte, mais concretamente para o vale do Douro. Aqui passam a ser visita obrigatória as amendoeira em flor, que muito animam os concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Nova de Foz Coa. A primeira conhecida pela rainha da amendoeira e a segunda como capital da amendoeira
Na cidade de Foz Coa realiza-se a quinzena da amendoeira, que se costuma dividir entre fins de fevereiro e princípios de março. O que nem sempre calha muito certo devido à floração aparecer fora de tempo. Mas esta mostra pelo espaço de tempo que dura e por tudo o mais que oferece, eu considero-a como o maior evento distrital a nível de visitantes e interesses económicos. Claro que esta minha opinião vale o que vale, não tenho em minha posse elementos em que possa basear para poder fazer outra afirmação. Falo apenas pelo que vejo e sinto na minha maneira de estar. Respeito plenamente quem aqui possa discordar de mim.
Assim tenho eu esta minha visão sobre o segundo mês do ano, que como diz a filosofia popular se quer chuvoso para fazer o ano formoso. Aqui até se pode ter em conta que nos tempos em que vivemos a chuva nunca será demais. No caso de ser bem caída, como diziam noutros tempos os homens da terra. Pois a falta de água é um dos problemas que mais aflige a nossa sociedade e em todos os factores que dependem dela. E por aqui fico! Se nada danificar a minha saúde voltarei a estar aqui dois dias depois do Carnaval.
Haja saúde, paz e folia.