As notícias do distrito da Guarda e da região interior centro

A Bancarrota

A bancarrota é uma palavra utilizada pelos políticos, nomeadamente os portugueses em exercício, cujo significado em idioma português, mais não é do que falência ou insolvência. Cai nesta situação, quem deve mais do que o que tem, incluindo aqui nas suas pertenças todo o seu património, desde o dinheiro vivo aos mais diversos ativos.

Tomando como certo o que acabo de afirmar, cabe aqui com toda a lógica um ditado popular muito badalado pelas “Terras de Santa Maria” que diz que o valor do “patrão e do porco, só depois de morto”. No caso do patrão, só depois de morto e somadas todas as parcelas nas colunas do “Deve” e do “Haver”, se fica a saber a receita líquida resultante da diferença dos dois somatórios, a que damos o nome de saldo, e que tanto pode ser positivo como negativo. Pelo lado do porco só depois de aberto é que o talhante tem acesso à qualidade da sua carne, e daí calcular o valor que pode render. Enquanto vivo, o suíno pela sua aparência muitas vezes leva o comprador ao logro por lhe esconder as partes de valor diferente, como é o caso da febra e do unto.
Agora, falando do tema com que titulei este meu artigo, tenho que dizer o que me vai na alma, fundamentado com aquilo que o meu intelecto alcança.
Ouço dizer quotidianamente aos políticos da nossa praça nos seus frequentes tempos de antena, que salvaram o país da bancarrota. Dá-me para rir quando escuto esta afirmação, pois se quando este governo tomou as rédeas da liderança o valor da dívida era menor e o património era mais avultado, pois que eu saiba nada se adquiriu e muito se alienou nesta governação.
Em consciência, estou plenamente convicto, de que Portugal deve mais do que o que tem, as dívidas e os encargos bem ou mal assumidos atingem números a que o Terreiro do Paço não conseguirá dar resposta, pelo que não deixará nos próximos tempos de fazer o que tem feito, que é remendar os buracos com pano velho. Enquanto esta situação acontece, nos próximos doze meses que se seguem, São Bento vai-nos apresentando um Mundo cor-de-rosa, pois se há coisa que não falta a este executivo, são dotes de oratória, que muito mais se vão elevando a caminho das urnas.
No meu ponto de vista, e apoiando-me no que citei, vivemos numa bancarrota permanente e cada vez mais “salgada” abandonada pelo “Espírito Santo”, que talqualmente se vai manipulando à maneira de uma manta curtam destapa-se daqui para se tapar ali. O modo de vida vai-se mantendo, uma vez que os credores mais não querem do que o que já têm, que é o suor do zé-povinho a bom preço. O que está de pé a ninguém interessa, pois se assim não fosse já falaria com o sotaque angolano ou mandarim.
Há poucos anos, ouvimos dizer a um político, entretanto apeado, que as dívidas não eram para ser pagas, nas sim para se gerirem. Caiu o Carmo e a Trindade, quem fez esta afirmação sofreu as maiores críticas, difamações e vaias, só que o tempo traz a verdade ao de cima, hoje concluo que se estava perante a autencidade. Esta sua expressão creio que o levou a uma derrota eleitoral, mas o que não deixa de ser certo, é que os que se lhe seguiram, além de não pagarem as dívidas, também as não sabem gerir.  Assim se vai vivendo neste casino permanente, que mobiliza para o efeito os principais canais da televisão, que para além da publicidade garante a tributação na hora. Por outro lado a população portuguesa também não pode sustentar uma grande produtividade porque tanto a garantia como a sustentabilidade do seu ganha-pão, raramente deixam de estar em causa.

Notícias Relacionadas