A “Plataforma P’la Reposição das SCUTS A23 e A25” defende a suspensão das portagens até ao final do ano, no âmbito do apelo que fez ao Governo por ‘medidas extraordinárias’ face o actual cenário de crise económica e social.

As declarações da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, no dia 24 de Abril, aquando da sua deslocação à Covilhã, assumindo o adiamento dos descontos nas portagens das antigas Scuts devido à pandemia, motivaram uma reacção da Plataforma p’la Reposição das Scuts A23 e A25 que reuniu após o levantamento do estado de emergência, tornando agora público o seu entendimento face à posição tomada pelo Governo.Na última semana, a Plataforma endereçou um ofício à Ministra da Coesão Territorial, manifestando o seu descontentamento perante a decisão tomada, afirmando que o facto de adiar o processo tendente à abolição das portagens “é contraproducente do ponto de vista económico, financeiro e social”, salientando ainda que “o Interior do País, dada a sua situação de fragilidade, está já a sentir de forma ainda mais intensa e dura as consequências da pandemia” no seu tecido económico e social “absolutamente devastadoras para a tão desejada coesão económica e social.” As várias entidades regionais que constituem a Plataforma p’la Reposição das Scuts, referem que perante as atuais circunstâncias de crise, não desprezando a componente económica, “o mais importante é tomar decisões e adoptar medidas de política que ajudem a atenuar as dificuldades das empresas e das populações”, sublinhando que os custos com o processo de abolição das portagens são “ínfimos” quando comparados com os custos da destruição do tecido económico e social que arrastará consigo “mais despovoamento e mais subdesenvolvimento do Interior”.A Plataforma, mantendo a posição de princípio de que as portagens devem ser abolidas, pede ao Governo “medidas extraordinárias”, que cheguem rapidamente às empresas e trabalhadores para garantir a sobrevivência da economia regional. Neste sentido defende “a suspensão das portagens pelo menos até ao final do ano corrente, como forma de amenizar os impactos do Coronavírus na vida das pessoas e das empresas”, acrescentando que a suspensão terá ainda como objectivo “estimular o turismo interno, que permanece paralisado pela COVID-19 e que é fundamental retomar”.A Plataforma integra a AEBB - Associação Empresarial da Beira Baixa; NERGA – Associação Empresarial da Região da Guarda; Comissão de Utentes da A25; União de Sindicatos da Guarda;  Associação de Empresários p´la Subsistência do Interior; União dos Sindicatos de Castelo Branco; Comissão de Utentes da A23.