Conselho de Administração está a trabalhar para não haver interrupções


Joao Barranca, Presidente do conselho de administração da ULS Guarda, disse que “era impensável” fechar a “única maternidade do distrito da Guarda”. Este responsável adiantou que “não é possível” uma decisão desta natureza.
Na abertura da nova Unidade de Saúde Familiar Carolina Beatriz Ângelo, na Guarda, explicou que “não é a fechar maternidades” que se resolve o problema.
João Barranca adiantou que é preciso “criar condições atractivas para reter profissionais de saúde”. E acrescentou: “Não é desejável que qualquer mulher deste concelho, deste distrito, vá ter a sua criança a outro distrito. Não é normal. Não é nada desejável”.
Apesar de ser uma matéria que está sob alçada da tutela, João Barranca deu conta de que se está a trabalhar incessantemente em novas soluções que serão conhecidas brevemente.
Deixou a garantia de que a ULS da Guarda trabalha, todos os dias, “para manter todos os horários preenchidos”. Reconheceu que é verdade que pontualmente não conseguem preencher todas as escalas e quando tal acontece é “atingido o nível três e o bloco de partos encerra”. Nessas ocasiões são alertadas todas as entidades bem como as parturientes.
“Neste momento estamos a tentar trabalhar para que não haja interrupções” referiu João Barranca.
Sobre este assunto, Sérgio Costa, Presidente da Câmara da Guarda, disse que “não podemos esquecer os tais relatórios técnicos que andam por aí e ninguém conhece”. E acrescentou: “Nós nunca poderemos admitir que possa ser colocado em causa o nosso serviço de obstetrícia, a nossa maternidade”.
Perante “um simples ensaio, dito técnico para ver o que daria”, Sérgio Costa destacou a união da população de todo o distrito “em torno de uma causa” e tem a certeza que “esse assunto será debelado num futuro próximo”. E acrescentou: “É essa a nossa esperança tendo em conta a necessidade que nós temos de bons cuidados de saúde”.
Lembrou que o Presidente da República disse, no dia 26 de Dezembro, na visita que fez à Guarda, que “sem cuidados de saúde dignos nós não conseguimos captar população”.
O autarca adiantou que a manutenção dos serviços de saúde “é um aspecto fundamental na atracção de pessoas para a nossa região, para o nosso concelho”.