Guarda - rios Diz e Noéme

“O foco deste presidente, deste executivo, é despoluição, despoluição, despoluição”, disse o presidente da Câmara da Guarda sobre o problema de poluição nos rios Diz e Noéme. O assunto foi levantado, na reunião do executivo desta segunda-feira, 24 de Maio, pela vereadora do PS, Cristina Correia, que continua à espera de uma resposta por escrito sobre o problema da poluição que afecta estes cursos de água.Entre outras coisas, Cristina Correia quer saber que medidas é que já foram tomadas pela autarquia em relação ao problema da despoluição dos rios Diz e Noéme e quais os resultados dos relatórios realizados até ao momento. A vereadora do PS disse que em relação à despoluição destes rios “está tudo na mesma ou pior” e “só não vê quem não quer”. “Andamos a gastar dinheiro com consultadorias e não se avança nada”, considerou.Cristina Correia lembrou que quando Álvaro Amaro foi presidente da autarquia tiveram início as obras de despoluição dos rios Diz e Noéme mas “está tudo poluído”. A falta de limpeza do Lago do Polis foi outro dos pontos vincados pela vereadora do PS. “Não houve FIT, não foi limpo”, referiu. Carlos Chaves Monteiro disse que a autarquia pretende resolver o problema da despoluição dos rios Diz e Noéme. Adiantou que a solução passa pela “construção de dois tanques no espaço do logradouro da fábrica, no valor de 80 mil euros”. Considerou que a construção do equipamento “é um esforço enorme para a empresa” mas que “a autarquia quer ajudar a resolver este impasse”, tendo sido já agendada uma reunião com a Agência Portuguesa do Ambiente. O investimento privado vai permitir a “resolução de um problema que tem mais de 30 anos”.Carlos Chaves Monteiro deu conta de que existe uma outra empresa poluidora que vai construir uma unidade de tratamento de águas residuais. Adiantou ainda que existem outros focos poluentes que “estão a ser monitorizados” pelas autoridades.Quanto à manutenção da ecovia existente ao longo do rio Noéme, Carlos Chaves Monteiro disse que sempre defendeu que “primeiro devíamos despoluir os rios”. Mesmo assim, considerou que “é da maior importância o tratamento de todas as margens e a valorização ambiental e ecológica do ecossistema ribeirinho”. E acrescentou: “Talvez não funcione bem primeiro fazer as margens e não ter o rio plenamente usufruível”. Recorde-se que a Câmara da Guarda avançou com os “Trilhos do Noéme”, um projecto que deveria ligar as freguesias de Vale de Estrela e Rochoso, através de percursos pedonais e cicláveis. A intervenção, realizada em colaboração com a Agência Portuguesa do Ambiente, no âmbito dos trabalhos de despoluição do rio, não tem tido manutenção e está irreconhecível.