Guarda | Vale de Estrela

A poluição do Rio Noéme continua a ser uma preocupação para a Câmara Municipal da Guarda. O assunto é pertinente e tem provocado grandes debates ao longo dos últimos anos, mas continua por resolver. Durante as comemorações do Dia Nacional da Água, que decorreram no dia 1 de Outubro, na zona de Vale de Estrela, concelho da Guarda, o presidente da Câmara da Guarda disse que “a despoluição do Rio Noéme poderá demorar entre um a dois anos”. Carlos Chaves Monteiro considerou ser este o tempo necessário “para devolver estas linhas de água ao concelho”. Questionado sobre a despoluição do rio Noéme, o autarca da Guarda deu conta do trabalho já realizado e admitiu que num “curto espaço de tempo” poderão ser encontradas soluções para resolver o problema “que tem décadas de existência”. Na mesma ocasião a secretária de Estado do Ambiente deixou a promessa de que o problema será resolvido. Inês Santos Costa adiantou que o Ministério do Ambiente está a acompanhar todo o processo juntamente com o município da Guarda. A secretária de Estado do Ambiente referiu que o Dia Nacional da Água, além da reflexão sobre os investimentos realizados no ciclo urbano da água e na rede hidrográfica, deve também servir “para pensar o que será o futuro”.As comemorações do Dia Nacional da Água foram presididas pela secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa e incluíram uma visita ao Miradouro Hidrográfico das Três Bacias dos rios Douro, Tejo e Mondego bem como à intervenção de requalificação do rio Noéme, na zona de captação da Montanheira, na Freguesia de Vale de Estrela, concelho da Guarda.Inês dos Santos Costa valorizou o projecto ambiental realizado na região da Guarda, apoiado pelo Fundo Ambiental, que beneficiou 16 municípios e 70 quilómetros de área, e que faz parte de um projecto maior de recuperação da rede hidrográfica a nível nacional.Para a Secretária de Estado “é apenas um passo de vários passos que temos que dar, transversalmente, não só o Ministério do Ambiente, mas muitas outras tutelas, para pensar de maneira mais integrada este recurso, que é um recurso que está sob forte pressão, não só devido às alterações climáticas, mas também, muitas das vezes, devido à actividade económica e humana”.