A marca UNESCO e os seus diversos programas e classificações tem ganho relevo e visibilidade graças aos inúmeros sítios e territórios distinguidos por esta Organização, mas nem sempre é explicada a sua importância e objetivos.

Todavia, mesmo sem saber com profundidade do que se trata esta marca, UNESCO é sinónimo de segurança, qualidade e confiança.A UNESCO é a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura e foi criada em 1945, com objetivos bem definidos: contribuir para a paz, desenvolvimento humano e segurança no mundo. Esta organização conta com diferentes classificações como o Património Mundial, as Reservas da Biosfera e os Geoparks Mundiais. Mas afinal o que estas classificações têm de tão importante e qual a sua relevância para o Turismo? Estas pretendem responder e contribuir para a conservação e a salvaguarda de um lugar ou território, gerando dessa forma uma maior notoriedade e, consequentemente, atratividade do ponto de vista turístico, pelo reconhecimento internacional que a classificação dá aos sítios e lugares distinguidos. No caso concreto dos Geoparks Mundiais da UNESCO, o objetivo central passa pela preservação de todo o património existente, com especial enfoque no património geológico. Os Geoparks são territórios com um valor patrimonial e cultural único, que é trabalhado em prol da comunidade, colocando a marca UNESCO ao serviço da valorização e promoção dos territórios. A classificação de um território como Geopark Mundial da UNESCO tem impactes diretos no turismo, contribuindo para a disseminação do território, dando-lhe escala e uma maior notoriedade.O turismo constitui, de facto, uma relevante atividade económica e social, que se apropria dos territórios e que se estrutura através da atratividade que os mesmos exercem, contribuindo para a sua refuncionalização e para o surgimento de outras atividades, pelo que a visibilidade acrescida, proporcionada pela marca UNESCO, origina vários fenómenos turísticos, como uma maior procura e valorização por parte dos turistas, um crescimento das receitas por parte das diversas empresas ligadas ao setor turístico, um maior número de fluxos e por último, mas não menos importante, a criação de um maior número de postos de trabalho. Será que estes argumentos são assim tão importantes? Obviamente que sim… a relação entre os Geoparks e o Turismo é inequívoca, quer pela riqueza que geram, quer pela melhoria de condições de vida que proporcionam às populações locais, permitindo-as viver e trabalhar no local onde cresceram, sobretudo porque na base desta classificação está uma estratégia de promoção do turismo sustentável, de valorização do potencial endógeno.O Estrela Geopark é um exemplo claro do que falámos anteriormente, este é um território que desde sempre viu o seu turismo associado à neve, no entanto, com a classificação de Geopark Mundial da UNESCO podemos comprovar que o património existente é imenso, passando pelas suas potencialidades a nível geológico, natural e cultural, colmatando desta forma a sazonalidade desde sempre associada a este território. Em pleno verão, a Serra da Estrela tem uma oferta imensa, desde as suas praias fluviais, os percursos pedestres, a visita aos seus geossítios e ainda espaços museológicos. Neste sentido, tal como acontece com os sítios classificados como Património Mundial, também os Geoparks Mundiais têm um impacte bastante positivo no território, beneficiando da marca UNESCO, cuja sua relevância internacional capacita a Estrela de uma maior atratividade, favorecendo uma maior segmentação dos seus mercados turísticos, diversificando os produtos turísticos, transformando a Estrela num destino de todo o ano e das 4 estações, através de uma aposta clara no turismo científico, educativo, de saúde e bem-estar e de natureza.