Estamos a celebrar a semana nacional da vida, pela 27ª vez.

Este ano, somos convidados a reconhecer que a fragilidade humaniza a vida e é também sua parte integrante.De facto, nascemos pequeninos, crescemos na dependência, que nos acompanha até ao fim, por mais que o não queiramos reconhecer.Isto significa que a atenção esmerada para com os mais pequeninos, nas várias fases da sua vida é indiscutível, porque exigida pelos mais genuínos sentimentos e há-de continuar, ao longo de toda a vida, sobretudo para com aqueles que apresentam especiais debilidades, de doença ou outras.Nascemos numa família e nela nos desenvolvemos. Por isso reconhecemos cada vez mais que a família é esse santuário da vida que nasce do amor. E só no amor encontra o ambiente de que precisa para crescer equilibradamente.Estes tempos de pandemia tornam-nos ainda mais sensíveis à fragilidade que nos acompanha a todos, mas em alguns tem expressões mais interpelantes que não nos podem deixar indiferentes.No seio das nossas famílias, ao longo destes dias, possamos valorizar a vida que recebemos de graça, partilhamos de graça e também acreditamos na graça do prémio da sua plena realização, mesmo com as muitas contrariedades que nos afligem.11.5.2020+Manuel R. Felício, Bispo da Guarda