Nota sobre o último comunicado da Conferência Episcopal

Em comunicado que veio a público, com data de dois do corrente mês de maio, a Conferência Episcopal Portuguesa lembra critérios para as celebrações da Fé, nos próximos tempos.

Assim, as celebrações comunitárias da Eucaristia deverão ser retomadas gradualmente só a partir de 30 do corrente mês de Maio.

As celebrações que implicam contacto físico, como unções – é o caso da confirmação - devem ser adiadas para o próximo ano pastoral. O mesmo se diz das procissões, festas e concentrações de celebrações religiosas.

Quanto ao Sacramento da Reconciliação, os horários habituais de atendimento devem ser retomados também só a partir de 30 de Setembro. Até lá, há possibilidade de utilizar pontualmente a abertura que dá o comunicado da CEP, que manda “seguir as normas de segurança de saúde e garantir o devido distanciamento entre o confessor e o penitente, protegendo sempre o inviolável segredo da confissão”.

Quanto aos funerais, embora o comunicado mostre abertura para a celebração da Eucaristia ou Celebração da Palavra dentro da Igreja, devendo, embora ressalvar “as normas de segurança que impeçam a transmissão do coronavírus”, por precaução, devemos continuar a fazer como até aqui, com a celebração em espaço aberto, no cemitério e reduzida à participação da família e eventualmente alguém mais próximo. Se a família pedir a celebração da Eucaristia pelo seu familiar falecido, o sacerdote pode celebrar, mas sem a presença de outros fiéis. Esperamos que, a partir de 30 de maio, as circunstâncias nos permitam voltar à celebração da Missa Exequial, como antes.

As catequeses e outras formações só recomeçarão com sessões presenciais, como antes, no próximo ano pastoral. Até ao fim deste, como diz o comunicado, continuaremos a usar “meios telemáticos”.

Segundo o mesmo comunicado, esperam-se para breve “indicações comuns sobre aspectos litúrgicos e medidas sanitárias a ter em conta nas celebrações e nos templos”, que serão aplicadas na retoma prevista para a partir dos próximos dias 30 e 31, sábado e domingo da Solenidade do Pentecostes.

Em conclusão, até 30 deste mês, vamos manter as orientações que estamos a pôr em prática, para, depois, iniciarmos a retoma, ainda que sempre com as devidas cautelas.

Entretanto, encomendamos ao Senhor da vida os falecidos vítimas da pandemia e rezamos pelos seus familiares, para que não lhes falte a consolação de Deus e o acompanhamento necessário na sua dor e também pelos doentes e quem os cuida, sobretudo médicos e enfermeiros, e, de igual modo, quem acompanha os mais vulneráveis sobretudo idosos, a viverem em lares ou nas suas casas.

Esta é a hora de todos reforçarmos a nossa preocupação por acompanhar as situações de novas necessidades, em pessoas que perderam o emprego ou simplesmente não estão a receber o seu salário.

Quando estamos a viver o Mês de Maria, invocamos a protecção de Nossa Senhora, ela que é a consoladora dos aflitos.

4.5.2020

+Manuel R. Felício, Bispo da Guarda