1. Preparação
Procuro um lugar adequado e uma boa posição corporal. Respiro lenta e suavemente.
Silencio os pensamentos. Tomo consciência da presença de Deus, invocando o Espírito Santo.

2. Leitura
Leio pausadamente o Evangelho Mt 3, 13-17.
- Procuro compreender o texto através dos elementos presentes (lugar, personagens, gestos e ditos).
- Alcanço a mensagem, hoje para mim. O que me diz, o que me faz sentir?
- Sublinho o importante; fixo o essencial. Esta Palavra é-me dirigida.

3. Meditação e Oração com Deus
Passadas as festividades natalícias, o Evangelho relembra-me o batismo que Tu, Jesus – já adulto –, recebeste de João Batista, no rio Jordão. Não é o mesmo que recebi aquando do meu batizado. No teu caso, Senhor, foi um ritual de penitência e conversão. Percebo a sua pertinência para os teus contemporâneos. Mas, como João, surpreende-me que o tenhas pedido e recebido.
E porquê antes de iniciares publicamente a tua missão evangelizadora? Foi para que a Trindade se manifestasse (o Espírito, em forma de pomba e o Pai, através da voz que Te identificou como “Filho muito amado”)?

Com o teu batismo, Senhor, dá-se uma viragem na tua vida humana. Para trás, ficam trinta anos de relações, aprendizagem e reflexões, em Nazaré. Trocaste a subsistência e a segurança de uma casa pelo incerto e precário de um caminho, novo e radical. É um verdadeiro desafio para mim, agarrado ao aconchego e cómodo do conhecido e seguro. O que serei capaz de deixar por Ti e conTigo!?
Com o teu batismo, Senhor, tornas-Te tão próximo de mim, pecador necessitado de conversão. Não me queres acompanhar desde fora, como quem dá lições, mas desde “dentro”, identificando-Te comigo; dando o primeiro passo, comigo. O que preciso “converter” em mim? Disponho-me a isso?
Com o teu batismo, Senhor, apontas-me um projeto novo: o Reino de Deus, feito da experiência de Ti, de redescoberta de mim mesmo e de proximidade com os outros. Farei deste ano uma aventura quotidiana conTigo e por Ti?
Por fim, o teu batismo, Senhor, recorda-me o meu, embora distinto. O que representa ele para mim? De que forma ilumina o meu ser, pensar, dizer e agir?

4. Contemplação
Abandono-me nas tuas mãos, Deus. Peço-Te que eu perceba a beleza de, também eu, ser teu “filho muito amado”. Revela-me a tua vontade, o que esperas de mim, qual a resposta que mereces. Peço a graça de corresponder com fé e esperança.
Confio e agradeço, com palavras minhas. Contemplo e adoro.
Apoiado em Ti, ouso comprometer-me em algo oportuno e alcançável, crescendo na minha relação diária conTigo e com os outros.

Um pensamento - “Somos o fôlego e a fragância de Deus.” (Kahlil Gibran)

Provocações
- Que representa para mim ser batizado(a), na Igreja e na sociedade?
- Celebro a data do meu batismo?
- Aceito as consequências e responsabilidades de ser cristão?
- Como padrinho/madrinha tenho dado testemunho de fé?

Um propósito - Pedir ao Espírito Santo a graça de viver plenamente a minha identidade de filho(a) de Deus.

Uma oração
poema


Tu, Puro, apresentas-Te penitente,
Para me resgatar, a mim pecador.
Mergulhaste como quem se dilui:
O Divino tornado homem pleno
Para seres UM, comigo, solidário
Já sem distância, na comum-união.

Do céu rasgado, um sinal e uma voz:
“Este é o meu Filho muito amado”.
E eu, conTigo, sentindo o mesmo.
Irrigado pelo Teu Espírito de vida,
Irradiarei graça recebida, dando-a.
Herdeiro do teu nome, serei irmão.