O corrupio permanente dos membros do governo de um lado para o outro não deixa dúvidas de que estamos a poucas semanas de novas eleições.

 Assim que o Presidente da República anunciou a dissolução da Assembleia da República e indicou a data de 30 de Janeiro para a realização das eleições legislativas antecipadas, os partidos alinharam estratégias para mais uma campanha. Quando indicou a data das eleições, Marcelo Rebelo de Sousa falou num “período difícil da vida das pessoas”, e afirmou que confia nos portugueses, que “nos instantes decisivos são a melhor garantia do futuro de Portugal”.A avaliar pelo elevado número dos eleitores que há muito andam desavindos com o processo eleitoral tudo indica que os abstencionistas têm tendência a aumentar. Os debates que nos entram pela casa dentro, através dos canais de televisão, são mornos, sem novidade e pouco cativantes. Ouvem-se quase sempre os mesmos protagonistas e as mesmas promessas que depois das eleições são rapidamente esquecidas. Mesmo com todos os defeitos que possam existir, o voto continua a ser a melhor arma do povo para premiar ou penalizar quem governa. À semelhança de outras entidades e organismos, o Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa apelou recentemente à participação dos cidadãos nas eleições legislativas de 30 de Janeiro, ao mesmo tempo que pediu “clareza” aos partidos políticos, quanto às propostas para o país.“Tendo em conta o processo eleitoral em curso, o Conselho apela à participação democrática dos cidadãos no ato eleitoral do próximo dia 30 e pede aos partidos políticos que apresentem com clareza as suas propostas quanto aos grandes problemas da sociedade”, assinala o comunicado.A falta de clareza, umas vezes e a omissão, em tantas outras, por parte dos candidatos, conduz muitas vezes a uma atitude de desconsideração dos eleitores. Uma coisa é certa, seja qual for a percentagem de votantes, o próximo Governo da Nação vai ser escolhido no dia 30 de Janeiro. Por isso, com promessas ou sem elas, todos os votos são importantes e únicos.