Na Guarda falar de São João é falar de feira e folias, sardinhas e bailaricos.

A cidade fervilha em cada bairro com arraiais, mais recentemente com sardinhadas e outros petiscos a que se junta o caldo de grão. O dia de São João é dia de Feira Anual que noutros tempos já foi das maiores da região. Nos últimos anos tem andado de um lado para o outro e ainda não encontrou sítio certo. Já se fez no local do mercado quinzenal, no centro da cidade, nas imediações do Jardim José de Lemos e, este ano tem lugar nos parques de estacionamentos do Parque Urbano do Rio Diz. E o que mais estará para vir até se encontrar um local definitivo para este evento que deveria ser um momento de afirmação económica da Guarda e do concelho.
Distraídos com estas andanças, da vida do Santo pouco ou nada se diz. Acredito que sejam poucos o que o conhecem verdadeiramente. Este ano, a solenidade do nascimento de São João Baptista foi transferida, ou melhor antecipada um dia, devido à celebração de uma outra solenidade, a do Sagrado Coração de Jesus. Para o povo pouco interessa esta mudança pois o São João sempre foi no dia 24 de Junho e ponto final. Tradição é tradição.
São João Baptista é o único santo, além da Mãe de Jesus, do qual se celebra não só o nascimento para o céu (martírio – 29 de Agosto), mas também o nascimento segundo a carne (24 de Junho).
Filho de Zacarias e Isabel, São João Baptista é o Precursor de Jesus. De tal modo se manifestou nele a graça divina, que o próprio Jesus disse a seu respeito: “Entre os filhos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Baptista”.
São João Baptista foi feito prisioneiro pelo rei Herodes Antipas, na fortaleza de Maqueronte, na actual Jordânia, e que, na festa do seu aniversário, a pedido da filha de Herodíades, mandou degolar.