Universidade de Évora


Ondjaki, escritor, livreiro e artista de diversas disciplinas venceu o Prémio Vergílio Ferreira 2023. Este galardão, instituído pela Universidade de Évora em 1996, incide sobre o conjunto da obra de um autor que se tenha distinguido nos domínios da ficção ou do ensaio.
Este ano, o júri decidiu, por unanimidade, atribuir o Prémio Vergílio Ferreira a Ndalu de Almeida, popularmente conhecido como Ondjaki. “O contributo que Ondjaki faz para que a língua portuguesa seja língua de reconciliação e mesmo de consciência crítica para todos os falantes de português” destaca o júri.
Ondjaki nasceu em Luanda, Angola, em 1977 e estudou sociologia na Universidade de Lisboa. As suas obras incluem poemas como “Actu sanguíneu”, contos “Momentos de aqui”, livros infantis “A bicicleta que tinha bigodes” ou romances “Quantas madrugadas tem a noite” e “Bom dia, camaradas.” Escreve também peças de teatro e roteiros de cinema.
A cerimónia de entrega do galardão está agendada para o dia 1 de Março, data em que se assinala o aniversário da morte do escritor Vergílio Ferreira (1916-1996), patrono do prémio.
O Prémio Vergílio Ferreira foi atribuído, pela primeira vez, a Maria Velho da Costa, seguindo-se Maria Judite de Carvalho, Mia Couto, Almeida Faria, Eduardo Lourenço, Óscar Lopes, Vítor Manuel de Aguiar e Silva e Agustina Bessa-Luís.
Também já foram galardoados: Manuel Gusmão, Fernando Guimarães, Vasco Graça Moura, Mário Cláudio, Mário de Carvalho, Luísa Dacosta, Maria Alzira Seixo, José Gil, Hélia Correia, Ofélia Paiva Monteiro, Lídia Jorge, João de Melo, Teolinda Gersão, Gonçalo M. Tavares, Nélida Piñon, Carlos Reis, Ana Luísa Amaral e Helena Carvalhão Buescu.