Publicações


“Retratos do meu País” é o título do livro de Maria Regina Almeida onde reúne os artigos publicados no Jornal A GUARDA, ao longo de mais de uma década.
Na dedicatória, a autora dá conta que o Jornal A GUARDA acolheu a sua colaboração “sem qualquer entrave”, mesmo sabendo da sua “decisão de manter o anonimato”. E acrescenta: “A escolha de um jornal católico, teve a ver com o papel que eu penso a Igreja deve ter na formação para os valores e no colocar a família no centro de uma sociedade mais justa e promotora do valor do trabalho na autonomia dos seus cidadãos”.
“Doze anos volvidos após o início da minha colaboração com o Jornal A GUARDA, fui incentivada pela família a compilar, em livro, os artigos publicados”, explica Maria Regina. E acrescenta: “Constatei, perplexa, que muitos temas se mantinham actuais, tendo mesmo sido agravados muitos dos problemas estruturais do País”.
No prefácio, Alexandrina Pinto refere que a obra é uma “homenagem à sabedoria transmitida de geração em geração, pelo exemplo, pelos ensinamentos ouvidos desde sempre, junto à lareira ou à sombra da oliveira centenária”. Uma homenagem à família, ao marido, aos filhos e netos, aos professores, aos alunos, às amigas e amigos.
Escreve também que é “um testemunho para partilhar sentimentos e pensamentos”.
“Maria Regina Almeida nasceu em 1949, numa pequena aldeia do interior profundo, no seio de uma família cristã, onde o Amor foi sempre o colo do seu percurso vivencial”, refere a nota biográfica. Recorda que foi com os pais que aprendeu a olhar ao seu redor e «dar a mão» a quem mais precisava, respeitando o Outro como a si mesma.
Após um percurso profissional (Professora) a tentar abrir Futuro aos jovens cheios de sonhos e esperança, dedicou parte do seu tempo a uma intervenção cívica que fizesse reflectir sobre o Mundo que se ia moldando assente em areias movediças de egoísmo e projecção pessoal, sem cuidar do bem comum.
Regressou ao local que a viu nascer onde, no meio do silêncio e beleza da Natureza, num fluir do tempo sem pressas, tenta continuar a exercer o seu dever de cidadã interveniente, em pequenos pormenores que vão fazendo diferença.
Transmitir aos netos o pilar família, a historiados antepassados, a beleza das coisas simples, o respeito pela Natureza, a humildade e a força regeneradora do trabalho como dignificação do Homem, é, hoje, a sua mais nobre missão.
Com chancela da VERITAS, o livro “Retratos do meu País”, com mais de trezentas páginas, é uma interpelação sobre a realidade do cantão onde vivemos.