No âmbito do projecto de investigação interdisciplinar CôaMedPlants


O livro “O meu herbário de plantas medicinais do Vale do Côa” foi apresentado no último domingo, 15 de Janeiro, na Estufa do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra. A obra, editada pela Imprensa da Universidade de Coimbra, dá a conhecer as práticas culturais e o potencial terapêutico associados às 22 espécies mais representativas da região, estudadas no âmbito do projecto CôaMedPlants, coordenado por uma equipa de investigadores do Coimbra Institute for Clinical and Biomedical Research (iCBR) da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
O CôaMedPlants é um projecto de investigação interdisciplinar – financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia – que visa a preservação do património cultural relacionado com as práticas centradas em plantas medicinais do Vale do Côa e a sua valorização através da validação científica das propriedades medicinais (com base na caracterização bioquímica, em estudos de actividades biológicas e em mecanismos de acção dos seus extractos).
“Com este livro, em versão portuguesa e inglesa, pretendemos dar a conhecer as 22 espécies mais representativas da região do Vale do Côa, com reconhecido potencial terapêutico, contribuindo para fomentar a sua necessária preservação e premente valorização. A apresentação de cada espécie é acompanhada de ilustrações (para facilitar a identificação) e de informação sobre os vários aspectos da planta”, explica Célia Cabral, investigadora do iCBR, que coordena o projecto CôaMedPlants – que, além da Universidade de Coimbra, envolve a Universidade de Aveiro, o Instituto Politécnico de Bragança e a Fundação Côa Parque.
“Neste livro pretende-se também ensinar, de forma simples. a preparar exemplares de um herbário e o leitor tem espaços reservados para poder montar um exemplar de cada espécie”, acrescenta Célia Cabral, que assina a obra, em co-autoria com Mário Pedro Marques, Rosa Pinho, Lisia Lopes, Carla Varela e Fernando Correia.
A apresentação da obra esteve a cargo de Helena Freitas, professora catedrática do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.