Guarda | Vila Fernando

A Junta de Freguesia de Vila Fernando contratou um médico de clinica geral para assegurar o serviço no Posto de Saúde desta localidade do concelho da Guarda. O profissional de saúde estará em Vila Fernando, às segundas-feiras, durante a manhã, tendo os primeiros utentes sido atendidos esta segunda-feira, 6 de Setembro.Bruno Monteiro, presidente da Junta de freguesia, explicou ao Jornal A GUARDA que foi necessário avançar para esta solução “para suprir as necessidades do clínico geral” destacado para Vila Fernando, “que não tem estado ao serviço em presença física, tendo sido deslocalizado para o Centro de Saúde da Estação – Guarda”. Adiantou que a população de Vila Fernando, dispersa por várias localidades anexas, tem de recorrer a outros clínicos para lhe passarem credenciais “pois o médico destacado para o nosso Posto de Saúde não dá resposta”. Para Bruno Monteiro “enquanto este médico estiver nesta situação é uma vaga que está ocupada e que não pode ser disponibilizada para jovens médicos que se querem fixar na Guarda”. Perante a ausência de respostas da parte do Presidente do Conselho de Administração da ULS Guarda, a Junta de Freguesia e a Assembleia de Freguesia de Vila Fernando decidiram avançar com um abaixo-assinado onde é requerida “a abertura da extensão de Saúde de Vila Fernando sem constrangimentos, relativamente ao acesso a receituário e meios complementares de diagnóstico em formato digital, com direito à saúde materno infantil e planeamento familiar e seguimento dos doentes com patologia crónica”.“Os cidadãos têm direito a que os serviços públicos de saúde se constituam e funcionem de acordo com os seus legítimos interesses” adianta o enunciado do documento que está a circular na Freguesia e também foi enviado ao Presidente do Conselho de Administração da ULS Guarda.“Garantir a equidade no acesso dos utentes, com o objectivo de atenuar os efeitos das desigualdades económicas, geográficas e quaisquer outras no acesso aos cuidados; obter a igualdade dos cidadãos no acesso aos cuidados de saúde, seja qual for a sua condição económica e onde quer que vivam, bem como garantir a equidade na distribuição de recursos e na utilização de serviços”, são outros dos motivos apresentados. Os proponentes do abaixo-assinado não aceitam que “o recorrer a consultas de recurso seja a atitude mais viável, porque apresenta inúmeras desvantagens, como falta de informação do estado de saúde dos utentes, por não existir registo informatizado actualizado do historial de cada um o que torna mais difícil a actuação dos profissionais de saúde e consequentemente o seu seguimento”.